Leia o Texto 2 para responder à questão.
Texto 2
Quem vê as imponentes árvores na Floresta da Tijuca
não imagina que há mais de 150 anos, a área era dominada
por monoculturas, que capinavam abaixo todas as árvores
para abrir espaço para plantações de cana e café,
principalmente. Os inúmeros rios e fontes d’água eram
providenciais para irrigar plantações de produtos introduzidos
no Brasil no século XVIII. Engenhos, sítios e fazendas
preenchiam as encostas arborizadas dos morros da região.
O verde, hoje tão comum no Parque Nacional da
Tijuca, é fruto de uma iniciativa pioneira de reflorestamento,
por Dom Pedro II, em 1861. Devido à falta d’água associada à
derrubada das árvores, o monarca baixou um decreto para
tentar contornar a situação. Estava ordenado o plantio de
novas mudas a partir das margens das nascentes dos rios e a
preservação das já existentes na Floresta da Tijuca. A
preocupação com o abastecimento de água da cidade, que
crescia e consumia cada vez mais, foi o que motivou uma
consciência de necessidade de conservação da floresta.
A partir desse trabalho de preservação iniciado pelo
homem, o bastão foi passado para a própria natureza, que
assumiu a missão de se regenerar e consolidar a recuperação
da floresta que quase perdeu esse status. Na atualidade, em
uma mistura de áreas replantadas e de outras recuperadas
naturalmente, cada árvore tem uma história para contar. Ou
melhor, o homem é que pode contar com esse espaço
preservado de beleza sacra, onde a natureza ensinou, talvez
pela primeira vez aos cariocas, a importância da sua
conservação.
MENEGASSI, Duda. O reflorestamento de um patrimônio. O Eco, 17 dez.
2012. Disponível em: https://oeco.org.br/reportagens/26758-oreflorestamento-de-um-patrimonio/. Acesso em: 2 mar. 2024. [Adaptado].