Questões de Concurso Público Prefeitura de Sinimbu - RS 2023 para Professor – Letras Português
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Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Considerando-se o texto, analisar os itens abaixo:
I. Em “quero mascar,/rasgar entre os dentes,/a pele, os ossos, o tutano/do verbo”, a autora recorre à comparação da palavra ao corpo de um animal ou de um ser humano, atribuindo um caráter visceral e orgânico ao fazer poético.
II. O título “Da calma e do silêncio” faz alusão aos aspectos
necessários para a produção poética, bem como à
contemplação da escrita.
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto abaixo CORRETAMENTE:
Uma das principais dicas apontadas pelos astrônomos para isso é a cor do ponto de interrogação. A tonalidade mais avermelhada indica que o objeto _____ bastante afastado e lembra outras galáxias do espaço profundo detectadas no último ano pelas câmeras do ______________. A cor do objeto é semelhante ____ cor de outras galáxias de fundo que aparecem na imagem. Isso indica que estão mais ou menos na mesma distância e se formaram na mesma época.
(Fonte: G1 — adaptado.)Nossa legislação ambiental tem falhas estruturais, sendo necessário revisar nossa legislação ambiental.
I. Prosódia é a parte da gramática que trata da correta pronúncia dos fonemas.
II. Ortoépia é a parte da fonética que trata da correta acentuação e entonação dos fonemas.
I. Eles são interativos; mais do que isso, colaborativos.
II. Eles fraturam e transgridem as relações de poder estabelecidas, em especial as relações de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das ideias, dos textos [verbais ou não]).
III. Eles são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas).
Está(ão) CORRETO(S):
I. Sintaticamente, tem-se uma única oração, formada pela estrutura sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto + adjunto adverbial.
II. Trata-se de um predicado verbal, haja vista a presença de um verbo de ação (“indica”).
III. Tanto “Contagem parcial” quanto “disputa acirrada” são sintagmas nominais formados pela mesma sequência: substantivo + adjetivo.
IV. Seguindo a regra básica de concordância, a partir da qual o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito a que se refere, vemos que “indica” concorda com “Contagem parcial” (= ela), na 3ª pessoa do singular.
Estão CORRETOS:
A Jesus Cristo crucificado, estando o poeta para morrer
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
Em cuja Fé protesto de viver;
Em cuja Santa Lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro:
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer;
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai, manso Cordeiro.
Mui grande é vosso Amor, e o meu delito:
Porém, pode ter fim todo o pecar;
Mas não o vosso Amor, que é Infinito.
Esta razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito,
Espero em vosso Amor de me salvar.
(Fonte: Gregório de Matos – adaptado.)
( ) O homem barroco se debate em um conflito proveniente do confronto entre espírito cristão e espírito secular.
( ) O segundo e o terceiro versos da primeira estrofe evidenciam a técnica do paralelismo, recorrente na poesia barroca.
( ) A simplicidade é evidenciada não só no tratamento do tema, como também na organização sintática do poema.
A Jesus Cristo crucificado, estando o poeta para morrer
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
Em cuja Fé protesto de viver;
Em cuja Santa Lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro:
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer;
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai, manso Cordeiro.
Mui grande é vosso Amor, e o meu delito:
Porém, pode ter fim todo o pecar;
Mas não o vosso Amor, que é Infinito.
Esta razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito,
Espero em vosso Amor de me salvar.
(Fonte: Gregório de Matos – adaptado.)