Questões de Concurso Público UFSC 2023 para Antropólogo
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I. Constituição de 1988. II. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. III. Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos Povos Indígenas (UNESCO 2017). IV. Policy on Engaging with Indigenous Peoples (UNESCO 2018). V. Política Nacional de Museus (PNM) (2007). VI. Política de Patrimônio Cultural Material (PPCM) (Iphan 2018).
I. O papel dos museus de arqueologia e etnologia é reservado à conservação e à preservação de seus acervos.
II. Os museus de arqueologia e etnologia atuam transversalmente com a preservação e conservação de acervos etnográficos e arqueológicos, com pesquisas sobre os acervos e documentação, com a visibilização e acesso a eles a partir de abordagens pedagógicas, comunicação museológica e práticas expográficas.
III. Os museus de arqueologia e etnologia são instituições de salvaguarda de acervos arqueológicos e etnográficos, sendo sua principal tarefa o armazenamento de acervos em reservas técnicas e a conservação de sua integridade física.
IV. Os museus de arqueologia e etnologia são instituições de salvaguarda de acervos arqueológicos e etnográficos e sua principal tarefa é dar visibilidade a suas coleções a partir de exposições temporárias e permanentes, assim como por meio de atividades educativas.
( ) São considerados bens culturais imateriais festas, celebrações, narrativas orais, danças, músicas e modos de fazer artesanais.
( ) São considerados bens culturais materiais os bens do patrimônio tangível, que possuem materialidade.
( ) Os mecanismos de valorização dos aspectos imateriais do patrimônio cultural passam por inventários dos bens culturais imateriais e pelo registro daqueles selecionados por parte do Estado.
( ) Os mecanismos de valorização dos aspectos materiais do patrimônio arqueológico passam por inventários dos bens culturais materiais e pelo registro daqueles selecionados por parte do Estado.
I. Objetos etnográficos, ao ingressarem no museu, passam a ser, necessariamente, objetos museológicos.
II. Artefatos arqueológicos passam a ser protegidos como patrimônio arqueológico ao ingressarem no museu.
III. Artefatos arqueológicos são todos aqueles existentes em museus de arqueologia e etnologia.
O Brasil não possui legislação específica sobre o patrimônio cultural indígena, reconhecendo, no entanto, a necessidade de valorização e proteção de suas expressões e manifestações culturais.
I. Tal afirmação está correta, pois apesar de haver cartas patrimoniais e políticas patrimoniais específicas, não há uma legislação específica que as regulamente.
II. Tal afirmação está incorreta, pois a constituição de 1988 já é minuciosa acerca do patrimônio cultural indígena, servindo de principal documento na gestão desse patrimônio.
III. Ambas estão incorretas, pois o patrimônio cultural indígena é protegido por lei.
( ) O papel da Antropologia nos museus universitários é historicamente recente e atua para o fortalecimento de uma compreensão mais profunda das alteridades indígenas.
( ) O papel da Antropologia nos museus universitários é historicamente recente e tem contribuído para a construção de guardas compartilhadas de coleções etnográficas e ampliado a participação indígena nas instituições.
( ) A Antropologia teve um papel importante na criação dos museus universitários que, por sua vez, atuaram na construção e consolidação de imagens e representações das sociedades indígenas em universidades brasileiras e na sociedade.
I. Os museus de arqueologia e etnografia têm, nos últimos anos, atuado na reflexão e na construção de lugares de interlocução nas pesquisas e ações com povos indígenas.
II. Os museus de arqueologia e etnografia historicamente acolhem e estimulam pesquisas antropológicas e de cultura material, pesquisas arqueológicas e/ou registros de manifestações folclóricas regionais.
III. O Museu do Índio é um museu de arqueologia e etnografia que surgiu no âmbito dos museus universitários.
IV. O Museu do Índio foi concebido por um etnógrafo, funcionário do serviço de proteção aos índios (SPI).
[...] a representação não gera apenas pensamentos, mas também atos de força. No estado de Santa Catarina, a ideia da periculosidade indígena, legitimou práticas de violências contra os índios.
Trecho extraído de Wittman, Luisa Tombini. O vapor e o botoque. Imigrantes alemães e índios Xokleng no Vale do Itajaí/ SC (1850-1926). Letras contemporâneas, 2007.
No contexto meridional, a temática indígena é invisibilizada por uma narrativa de colonização europeia, construída desde o século XIX e reificada até os dias de hoje no turismo, nos símbolos identitários, na arquitetura e em outras instâncias. Sobre o contexto meridional do país, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. O processo do estabelecimento de colônias de imigração europeia do séc. XIX ocorreu em áreas de floresta não habitadas por povos indígenas.
II. Os povos indígenas ocupavam o oeste do estado, uma vez que os vales do leste foram abandonados em um processo de fuga quando das levas de colonizadores do século XIX.
III. Os povos Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng foram igualmente impactados pela imigração alemã no Alto Vale do Itajaí.
IV. Os ataques sofridos por imigrantes alemães, poloneses e italianos no Alto Vale do Itajaí por povos indígenas ficaram registrados na história como justificativa suficiente para o genocídio étnico praticado pelo Estado e pelas empresas de colonização.