Questões de Concurso Público UFSC 2023 para Médico/Psiquiatria

A ansiedade é um sintoma relativamente comum da depressão e afeta cerca de 50% de todas as pessoas deprimidas.

Mesmo que a profilaxia com lítio melhore o curso e o prognóstico do transtorno bipolar, provavelmente apenas 50% a 60% dos pacientes consigam um controle significativo de seus sintomas com a substância. Um estudo de acompanhamento de quatro anos verificou que uma situação ocupacional pré-mórbida insatisfatória, dependência de álcool, manifestações psicóticas, manifestações depressivas entre os episódios e gênero masculino eram todos fatores que contribuíam para mau prognóstico. A curta duração dos episódios maníacos, idade de início precoce, poucos pensamentos suicidas e poucos problemas psiquiátricos ou clínicos predizem um melhor prognóstico.

Uma observação clínica de longa data é a de que eventos de vida estressantes precedem os primeiros episódios de transtornos do humor e os subsequentes. 

Cerca de dois terços de todos os pacientes deprimidos cogitam o suicídio e 10% a 15% chegam a cometê-lo. Aqueles recentemente hospitalizados por uma tentativa ou ideação suicida têm um risco mais alto durante a vida de suicídio bem-sucedido do que aqueles que nunca foram hospitalizados pela mesma razão.

O transtorno depressivo maior pode ser considerado uma condição benigna. Ele tende a ser evento único, e os indivíduos recuperam-se plenamente na maioria das vezes, não apresentando recidivas.

A fluoxetina inibe a receptação de serotonina e tem uma meia-vida longa (dois - três dias) e metabólitos ativos que duram até duas semanas, o que é vantajoso na descontinuação da medicação por evitar síndrome de retirada. Essa mesma característica é observada na paroxetina.  

A fluoxetina associada à olanzapina não deve ser usada para tratar pacientes com depressão resistente, pelo aumento do risco de suicídio.

O citalopram é geralmente um dos antidepressivos com melhor perfil de tolerabilidade, e os achados de pesquisas favorecem seu uso em idosos. No entanto, o aumento de dose é limitado pelo potencial de prolongar intervalo QTc.

Perda de peso está associada ao tratamento da depressão com inibidor seletivo de receptação de serotonina, em geral com efeito sustentado.  

O tratamento atualmente preconizado para depressão bipolar em monoterapia é lítio, lamotrigina, quetiapina, lurasidona, olanzapina associada a fluoxetina e aripiprazol.