DOLZ e SCHNEUWLY (2004) afirmam que “na sua missão de ensinar os alunos a escrever, a ler e a falar, a escola, forçosamente, sempre trabalhou com os gêneros, pois
toda forma de comunicação – portanto, também aquela
centrada na aprendizagem – cristaliza-se em formas de
linguagem específicas”. LERNER, no capítulo 3 da obra
“Ler e escrever na escola – o real, o possível e o necessário” (2002), analisa que “definir como objeto de ensino
as práticas sociais de leitura e de escrita supõe dar ênfase
aos propósitos de leitura e da escrita em distintas situações – quer dizer, às razões que levam as pessoas a ler e
escrever -, às maneiras de ler, a tudo o que fazem os leitores e escritores, às relações que leitores e escritores sustentam entre si em relação aos textos. Estes, os textos,
naturalmente, estão incluídos também nessas práticas e
portanto são pertinentes todos os saberes vinculados a
eles, que a linguística textual nos proporcionou,(...)”. E a
autora acrescenta: “sustentar que o objeto de ensino se
constrói tomando como referência fundamental a prática
social da leitura e da escrita supõe, então,