Questões de Concurso Público SPTrans 2024 para Analista de Comunicação Pleno
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521868
Português
Texto associado
Leia a tira para responder à questão.
(Bill Watterson. O melhor de Calvin. www.estadao.com.br, 23.09.2023)
Infere-se que o garoto desiste da ida ao zoológico sobretudo porque
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521869
Português
Texto associado
Leia a tira para responder à questão.
(Bill Watterson. O melhor de Calvin. www.estadao.com.br, 23.09.2023)
Na fala do tigre – Só se depois pudermos visitar uma
prisão. –, a palavra destacada tem valor
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521870
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Para o autor, aplicar ao texto literário princípios que regem o pensamento econômico significa
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521871
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Na opinião do autor, as consequências do que ele deno- mina “império da simplicidade”
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521872
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Leia o período e assinale a alternativa cuja expressão
completa corretamente a lacuna:
De acordo com o 4º parágrafo do texto, o autor considera que os ataques à escrita obscura ou labiríntica vêm tradicionalmente daqueles que veem a razão como algo __________ linguagem do dia a dia.
De acordo com o 4º parágrafo do texto, o autor considera que os ataques à escrita obscura ou labiríntica vêm tradicionalmente daqueles que veem a razão como algo __________ linguagem do dia a dia.
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521873
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Segundo o autor, é comum que, na defesa de uma escrita
literária concisa,
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521874
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Considere os trechos do 2º parágrafo:
• Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as a ntigas, maculadas pela poeira dos séculos.
• … e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo.
As palavras destacadas podem ser corretamente substituídas, respectivamente, por:
• Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as a ntigas, maculadas pela poeira dos séculos.
• … e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo.
As palavras destacadas podem ser corretamente substituídas, respectivamente, por:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521875
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Considere os trechos:
• … e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. (1º parágrafo)
• O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas? (3º parágrafo)
As palavras destacadas estabelecem, respectivamente,
• … e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. (1º parágrafo)
• O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas? (3º parágrafo)
As palavras destacadas estabelecem, respectivamente,
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521876
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
No trecho – … e uma geração de leitores que só bus-cam histórias fortes narradas limpidamente (1º pará-grafo) –, a palavra em destaque pode ser corretamente substituída por:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521877
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
No trecho do 2º parágrafo – Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis. –, os dois-pontos foram empregados para introduzir uma
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521878
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade
Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.
(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
No trecho – … leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente. (1º parágrafo) –, a palavra destacada pode, em conformidade com a norma-padrão, ser substituída por:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521879
Português
Assinale a alternativa que apresenta a frase em conformidade com a norma-padrão de concordância verbal.
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521880
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
Para explicar por que não acredita que a inteligência a rtificial destruirá o mundo, o autor recorre ao argumento de que
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521881
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
O autor se dirige diretamente ao leitor em:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521882
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada em sentido figurado.
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521883
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
Mantendo-se o sentido do trecho – A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. (3º pará-grafo) –, a palavra destacada pode ser corretamente substituída por:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521884
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
No trecho – Digo-o não porque tenha conhecimento
privilegiado do porvir… (1º parágrafo) –, a forma verbal
tenha, no contexto em que foi empregada, está no mesmo modo e tempo que a destacada em:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521885
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do
novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos.
Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar
nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos
1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme
potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o.
Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação.
Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos
de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram
poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que
as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam
o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas
produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos,
de comida a bens industrializados, passando por vários tipos
de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer
da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e
sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras
perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em
sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio
existencial. É até possível que, com o problema econômico
resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir
uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
No trecho – … artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980
que mencionavam o advento dos bebês de proveta…
(1º parágrafo) –, a expressão destacada pode, em conformidade com a norma-padrão, ser substituída por:
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521886
Português
Assinale a alternativa em que a expressão pode ser
corretamente substituída pelo termo entre parênteses.
Ano: 2024
Banca:
VUNESP
Órgão:
SPTrans
Prova:
VUNESP - 2024 - SPTrans - Analista de Comunicação Pleno |
Q2521887
Português
Assinale a alternativa cuja frase apresenta correlação
verbal correta.