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Q403159 Economia
Com relação à economia brasileira vigente entre os anos de 1979 e 1985, julgue os itens a seguir.

O ajuste externo efetuado na economia brasileira no período entre os anos de 1981 e 1984 não foi suficiente para o reequilíbrio do balanço de pagamentos, tendo desencadeado a desvalorização da moeda e a demanda de auxílio ao FMI em 1985.
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Segundo Bacha, no livro Macroeconomia Aplicada à Análise da Economia, o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes melhorou na década de 80. Em alguns anos, ele chegou a ser positivo (como em 1984, 1988 e 1989). O inverso ocorreu com o saldo da conta de capital e financeira. Até 1985 essa conta teve saldo positivo, invertendo-o de 1986 a 1989.

Como resultado das dificuldades na obtenção de capitais autônomos na década de 1980, os saldos totais do balanço de pagamentos foram geralmente negativos (exceto em 1981, 1984 e 1985).

Considerando os dados retirados do autor ora citado, o ajuste externo não foi suficiente para o equilíbrio no balanço de pagamento para os anos de 1981 e 1984, todavia no ano de 1983 o ajuste externo obteve êxito. Então, consideramos a primeira parte da questão, o ajuste externo efetuado na economia brasileira no período entre os anos de 1981 e 1984 não foi suficiente para o reequilíbrio do balanço de pagamentos, verdadeira.

A segunda parte da questão, tendo desencadeado a desvalorização da moeda e a demanda de auxílio ao FMI em 1985, está errada. Já que o FMI em 1985 suspendeu os empréstimos ao Brasil. No entanto, uma parcela desta segunda parte está correta, tendo desencadeado a desvalorização da moeda, visto que o ajuste externo desencadeou a maxidesvalorização da moeda.


Gabarito: Errado.

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E

Em 1985 o Brasil estava com bloqueios para créditos externos.

"O Brasil é sócio-fundador do Fundo Monetário Internacional, criado em 1944. Em 1958, o país negociou seu primeiro acordo com o FMI, no governo do presidente Juscelino Kubitschek. No ano seguinte, porém, Juscelino se recusou a adotar o ajuste orçamentário proposto pelo Fundo, e rompeu com a instituição. De 1965 a 1972, durante o regime militar foram negociados sucessivos acordos apenas para dar aval a empréstimo junto a bancos privados.

De 1974-1979, período de crise do petróleo, o Brasil faz diversos empréstimos bancários, com aval do FMI. Em 1982, o país negociou sucessivos programas de ajuste com o FMI. Em 1985, a instituição suspendeu os desembolsos devido ao não cumprimento, pelo Brasil, das metas de desempenho acertadas. Em 1987, depois de longas tentativas de negociação, o Brasil decreta moratória unilateral, suspendendo o pagamento dos juros e do principal da dívida.

Em 1988, o governo brasileiro faz mais um acordo com o Fundo, no valor de US$ 477 milhões. Em 1992, o governo Collor fecha um acordo de US$ 2 bilhões com o FMI, mas apenas US$ 170 milhões são usados. Novos acordos só seriam negociados a partir de 1998."
Fonte: Portal EBC (http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2006-01-10/primeiro-acordo-do-brasil-com-fmi-foi-no-governo-jk-que-depois-rompeu-contrato)

#missãoAPF

Alternativa FALSA

O período mencionado na questão trata do governo de Figueiredo a questão vem certa até ... demanda de auxílio ao FMI em 1985, essa última parte está incorreta como bem exposto pela Fernanda Ferreira.

ERRADA - Brasil e FMI suspenderam acordo em 1984, 1987 moratória, retomada apenas em 1998.

Acordos e relações do Brasil com o FMI, 1944-2011

http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/RelacBrFMI2012LTC.pdf

1982 Crise da dívida externa na América Latina; Brasil negocia sucessivos programas de ajuste com o FMI

1984 Suspensão do acordo por não cumprimento das metas de desempenho: cartas de intenções não cumpridas

1987 Moratória unilateral dos pagamentos externos sobre juros da dívida comercial; suspensão de créditos do FMI

1991/1992 - Tentativas não exitosas de acordo emergencial de empréstimo; afastamento político

1992 Retomada dos contatos entre o Brasil e o FMI, mas inexistência de acordos formais de empréstimo

1992 Brasil logra acordo com Clube de Paris, renegociando créditos oficiais bilaterais, sem aval do FMI

1994 Brasil faz acordo com credores privados para a dívida comercial, sem aval do FMI

1993/1997 - Relacionamento discreto, quase distante, mas sem politização; irrupção da crise do México em dezembro de 1994

1998 (outubro) -  Entendimentos com o FMI para um programa de ajuste fiscal, como  resultado da crise na Ásia e da moratória russa

O Brasil contraiu empréstimo do FMI, para enfrentar um problema que diversos outros países enfrentavam: a fuga de capitais de mercados emergentes, que tinha começado com o problema do México, em dezembro de 1994, prolongou-se extensivamente nas crises dos mercados asiáticos de 1997 e assumiu contornos dramáticos com a moratória russa de agosto de 1998. 


Não é apenas a questão do pedido de empréstimo ao FMI em 1985 que está errada. Na verdade, o ajuste externo conseguiu reequilibrar o balanço de pagamentos, tendo superávit em transações correntes no ano de 1984. Além disso, não foi o ajuste entre 1981 e 1984 que desencadeou a inflação. Embora a Maxidesvalorização de 1983 tenha funcionado como um choque, alterando o patamar inflacionário, esse já era um problema que vinha se agravando desde o governo Geisel, em especial devido aos choques do Petróleo. 

Espero ter contribuído! 

Tratado do mandato de João Figueiredo, último governo do regime militar, marcado por três fases distintas do comportamento do PIB:


1979-1981: elevadas taxas de crescimento;


1981-1983: recessão;


1984: recuperação, puxada pelas exportações.

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