No que diz respeito ao processo de adoecimento e ao enfrenta...
A atuação do psicólogo hospitalar em casos de pacientes com doenças terminais é fundamental, podendo ele ajudar esses pacientes na experimentação de sentimentos e angústias que podem ocorrer nessas situações em que a morte é o tema central.
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: C - Certo
A questão aborda a atuação do psicólogo hospitalar em contextos de doenças terminais, destacando a importância de seu papel no suporte emocional aos pacientes. Esse é um tema central na Psicologia da Saúde, particularmente na área de Psico-oncologia e Cuidados Paliativos.
Vamos entender melhor por que a alternativa está correta:
O psicólogo hospitalar tem um papel crucial no acompanhamento de pacientes que enfrentam doenças graves e terminais. Sua atuação visa proporcionar suporte emocional, ajudando os pacientes a lidar com uma gama de sentimentos e angústias associadas à proximidade da morte. Esse suporte pode incluir a expressão de medos, tristezas, arrependimentos e preocupações.
Além disso, o psicólogo trabalha para promover uma melhor qualidade de vida, mesmo diante de um prognóstico desfavorável. Isso é feito através de técnicas de escuta ativa, apoio psicológico e terapias específicas que ajudam o paciente a encontrar sentido e significado em suas experiências.
Por isso, a afirmação de que a atuação do psicólogo hospitalar é fundamental nesses casos é correta. Eles auxiliam no processo de enfrentamento da doença e no manejo dos sentimentos intensos que surgem quando a morte é um tema central.
Já a alternativa "Errado" não seria adequada, pois não reconheceria a importância e a efetividade do trabalho do psicólogo hospitalar nesses contextos. Negar essa atuação significaria ignorar a vasta literatura e prática clínica que apontam para a relevância desse suporte emocional.
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Comentários
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Para os doentes fora dos recursos terapêuticos de cura, a evolução natural é a morte. No entanto, nossa cultura ocidental, materialista, nega a existência da morte, ela é temida e lamentada e, frequentemente, adiada, valendo-se de métodos artificiais para a manutenção das chamadas “funções vitais”, quando, na realidade, o indivíduo já deixou de viver. A vida, ao contrário, é celebrada (Figueiredo, 2006).
Somos a civilização cuja vaidade afastou a morte, afirma Karnal (2013), numa bela reflexão sobre a vaidade humana. Numa sociedade onde a vida é tão exaltada, não há espaço para temas relacionados à morte e o morrer, embora issoseja parte doprocesso de existir. Profissionais da saúde são formados para salvar vidas e nas escolas de medicina e enfermagem nada se ensina sobre a morte, observa Figueiredo (2006).
Para um profissional da saúde formado para curar doenças e salvar vidas, a morte de um paciente pode ser interpretada como uma derrota profissional. Ao perder um paciente, inconscientemente, o profissional da saúde se depara com a própria finitude (Bifulco&Iochida, 2009).
No entanto, a morte existe e,apesar de todo avanço tecnológico, o homem não se tornou imortal. Todos são pacientes terminais, posto que a morte fará parte do cotidiano de cada um, em algum momento. Entender a morte e os sentimentos que a norteiam é fundamental para compreender as angústias daqueles que vivem seus momentos finais. Como auxiliá-los, sem que se compreenda isso? Quando a cura se torna impossível, todavia, há de existir recursos disponíveis nos seres humanos para realizar um trabalho, não de cura, porém, de cuidado, como observou Bifulco(2006).
Dizer que “não há mais nada o que fazer” é, no mínimo, uma frase infeliz, proferida por alguém que, certamente, desconhece a dimensão humana e sua subjetividade. Tratar o ser humano como “algo” que por “não ter mais conserto” deva ser “descartado”, desconsiderando as implicações que tal condição impõe sobre a sua vida e a dos seus familiares é desumano. Aquele que não viverá por muito mais tempo merece ser cuidado e ter uma “boa morte”, entendida aqui como uma morte digna, assistida, ondeseus sintomas físicos sejam tratados e esse ser humano seja considerado em seus aspectos sociais, psicológicos e espirituais.
Excelente comentário! Ju Murad!
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