Jeniffer, casada havia cinco anos com Mário, deu à luz, havi...

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Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Psicologia |
Q328185 Psicologia
Jeniffer, casada havia cinco anos com Mário, deu à luz, havia duas semanas, a Amanda, a segunda filha do casal, que já tinha um filho. Devido a complicações na gestação, a bebê nasceu prematura, com 26 semanas e, imediatamente após o parto, foi internada na UTI neonatal do hospital.

Com base no caso acima, julgue os próximos itens, relativos às intervenções do psicólogo no contexto hospitalar.

Diante da possibilidade de morte iminente da bebê, o psicólogo deve antecipar essa informação à família, juntamente com toda a equipe, devendo, ainda, adotar medidas para que a família não se aproxime da bebê, dada a possibilidade de ocorrência de vivências traumatizantes e ansiogênicas.
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A alternativa correta é Errado (E).

A questão aborda o papel do psicólogo no contexto hospitalar, mais especificamente na UTI neonatal, onde é necessário lidar com situações delicadas como a possibilidade de morte iminente de um bebê prematuro. Este é um tema central na Psicologia da Saúde, que inclui intervenções em contextos críticos e a comunicação de más notícias.

Primeiramente, a ideia de que o psicólogo deve antecipar à família a possibilidade de morte iminente não é correta. É importante compreender que a comunicação de más notícias deve ser feita de maneira ética, sensível e, preferencialmente, em equipe, mas sempre baseada em confirmações médicas específicas. Antecipar uma possível morte sem bases sólidas pode causar angústia desnecessária.

Além disso, a proposição de que o psicólogo deve adotar medidas para que a família não se aproxime da bebê devido à possibilidade de vivências traumatizantes e ansiogênicas está equivocada. Na verdade, a presença da família é fundamental para o bebê e para os próprios familiares. Apesar do contexto crítico, o contato com a família pode proporcionar suporte emocional significativo e promover um vínculo afetivo que é essencial para ambos.

Na prática, o psicólogo deve adotar uma abordagem que:

  • Forneça suporte emocional à família, ajudando-os a lidar com a ansiedade e o medo.
  • Facilite a comunicação entre a equipe médica e os familiares, esclarecendo dúvidas e oferecendo orientação adequada.
  • Promova a humanização do cuidado, permitindo e incentivando o contato dos pais com o bebê, mesmo em situações críticas.

Portanto, a informação correta é que o psicólogo deve trabalhar junto à equipe multiprofissional para oferecer suporte e informação adequada à família, sem antecipar situações e sem afastar os familiares do bebê, a menos que haja uma necessidade médica específica para tal.

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Comentários

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Nessa situação, a meu ver, o psicólogo focará os esforços para que a bebê tenha uma morte com menos sofrimento possível.

1 - Diagnóstico e prognóstico devem ser dados pelo médico. Após a comunicação deste profissional é que o psicólogo pode trabalhar com as questões que a comunicação desencadeará na família.

 

2 - Com a família consciente da gravidade e da chance de morte do bebê, alem da escuta, o psicólogo deve deixar aberto a possibilidade da família entrar em contato com a criança, se possível ainda em vida. O psicólogo pode estimular a família a entrar em contato, contudo não pode obrigar.  Outra prática importante é questionar a familia (pai e mae) se eles tem interesse de chamar alguém da familia ampliada (avós, por exemplo) para participar do momento. 

É um processo díficil para o profissional e principalmente para a família. Mas a família nao deve ser desestimulada ou impedida de ter contato com o seu bebê nos seus ultimos momentos de vida e após a morte. Não participar desse processo pode desencadear um quadro de luto mal elaborado. 

 

Errada! pois dentro das funções e das atribuições do psicologo hospitalar não cabe ao psicólogo noticiar morte ou diagnóstico, morte e diagnósticos são do campo médico, que dá diagnóstico e comunica notícia de falecimento é o médico e não o psicologo.

ERRADO

Há uma constante busca por atuações mais humanizadas e isso inclui as questões relacionadas com o processo de morte. Assim, é papel do psicólogo trazer essas informações juntamente com sua equipe. Além disso, o Psi pode favorecer o diálogo entre profissionais e familiares, permitindo um entendimento que a vida possui finitude e a forma como se morre é também uma forma de cuidado paliativo para o paciente, seus familiares e toda a equipe envolvida.

Outro erro da assertiva é mencionar que se deve antecipar o comunicado da morte do bebê. Nenhum profissional deve atuar de modo a precipitar notícias ruins, isso só aumentaria as chances de incorrer em mais sofrimento e ansiedade desnecessária a família.

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