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Q626323 Odontologia

Um homem de cinquenta e seis anos de idade, portador de diabetes melito tipo II, foi atendido em consultório odontológico. O paciente relatou fazer uso de cloridrato de metformina, 500 mg, um comprimido ao dia pela manhã. No exame físico, foi constatada a necessidade de cirurgia pré-protética. No teste de glicemia capilar, quinze minutos antes da intervenção, foi verificada a taxa de 196 mg/dL. A pressão arterial aferida foi normal.

A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas

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Para resolver esta questão, é essencial compreender como manejar o atendimento odontológico em pacientes diabéticos.

**Tema central:** O manejo de pacientes diabéticos em procedimentos cirúrgicos, um assunto importante na odontologia, dado o risco aumentado de complicações nesses pacientes. É crucial entender a interação entre o controle glicêmico e a segurança do procedimento cirúrgico.

Alternativa Correta: A

Justificativa: A alternativa A é a correta porque recomenda que o tratamento cirúrgico em pacientes diabéticos seja realizado preferencialmente pela manhã e enfatiza a importância do controle da pressão arterial. Os níveis de glicose tendem a ser mais estáveis e previsíveis pela manhã. A pressão arterial normal é um indicativo de que não há contraindicações para o procedimento naquele momento. Fontes como a American Dental Association (ADA) apoiam esse manejo cuidadoso de pacientes com diabetes em ambientes odontológicos.

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa B: Esta alternativa está incorreta porque a antibioticoterapia não se limita a situações de comprometimento cardíaco, renal ou nível de glicemia acima de 400 mg/dL. A antibioticoterapia profilática pode ser necessária em muitos outros contextos para prevenir infecções, especialmente em procedimentos invasivos.

Alternativa C: Esta alternativa erra ao definir como descompensado um paciente com glicemia acima de 110 mg/dL. Para um paciente diabético, níveis de glicemia abaixo de 200 mg/dL podem ser aceitáveis para realizar procedimentos odontológicos, desde que não haja outras complicações. Encaminhar todo paciente com glicemia acima de 110 mg/dL ao médico é um critério excessivamente rígido e desnecessário.

Alternativa D: Esta alternativa está incorreta porque aplicar insulina subcutânea e iniciar o tratamento após 1 hora em pacientes com glicemia acima de 400 mg/dL não é uma prática padrão e pode ser perigosa sem a supervisão médica apropriada. Níveis tão altos podem necessitar de intervenção médica imediata, não apenas ajuste de insulina.

Alternativa E: Essa alternativa sugere mudanças na dosagem de metformina sem consulta médica, o que não é recomendado. Ajustes de medicação para controle glicêmico devem ser sempre supervisionados por um médico ou endocrinologista, pois variam conforme o estado geral do paciente e suas condições específicas.

O entendimento do manejo seguro de pacientes com diabetes em procedimentos odontológicos é fundamental para evitar complicações e garantir um tratamento seguro e eficaz.

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A avaliação inicial deve-se determinar o tipo de diabetes e classificar o paciente de acordo o grau de risco para a conduta odontológica: Baixo, Médio e Alto Risco. 
Baixo risco =>Controle metabólico em regime médico; ausência de sintomas e complicações da diabetes; FPG < 200mg/dL, taxa de HbA1c de 7% e glicosúria mínima (1+) => Tratamentos não cirúrgicos: Exame/radiografias, instruções sobre higiene bucal, restaurações, profilaxia supragengival, raspagem e polimento radicular (subgengival) e endodontia.=>Tratamentos Cirúrgicos: Extrações simples, múltiplas 
e de dente incluso, gengivoplastia, cirurgia com retalho e apicectomia.

Para evitar o aparecimento de desequilíbrios metabólicos indesejáveis durante o procedimento, é importante que o cirurgiãodentista tome devidas precauções como, checagem da glicemia capilar com glicosímetro antes, durante e após a consulta, certificação do uso correto de medicamentos, priorização de consultas curtas, no meio da manhã, com o uso de tranquilizantes ou sedação complementar, quando precisos e prescritos pelo médico, redução do risco de estresse físico, emocional e de infecção, orientação da higiene oral e dieta adequada, manipulação de tecidos bucais em menor tempo para processo rápido de cicatrização, aferição da pressão arterial (PA) antes e depois das consultas e pulsação antes, durante e depois da anestesia. Pacientes diabéticos bem controlados podem ser tratados como pacientes normais. 

http://coral.ufsm.br/dentisticaonline/1102.pdf

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