É recente a concepção de que, na esfera da proteção social, ...
É recente a concepção de que, na esfera da proteção social, concebe-se a família como portadora de direitos A matriz conservadora, até hoje presente no trabalho do assistente social com famílias, apresenta perspectivas antagônicas ao projeto profissional construído pela categoria nos anos 1990.
Uma dessas perspectivas diz respeito à lógica de impor critérios de acesso e permanência em programas para as famílias. Essa perspectiva é denominada de
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Gabarito: A - penalização das famílias.
No contexto da proteção social e do Serviço Social, uma questão central é a forma como as famílias são percebidas e tratadas pelos programas sociais. Através dos anos, principalmente desde a década de 1990, o Serviço Social tem se movido em direção a uma abordagem mais humanizada e menos punitiva em relação às famílias em situação de vulnerabilidade social.
A alternativa correta (A - penalização das famílias) faz referência a um modelo de proteção social que impõe critérios rígidos para o acesso e permanência em programas sociais, o que pode resultar em penalidades para as famílias caso não cumpram com os requisitos estabelecidos. Essa abordagem punitiva contrasta com o projeto profissional do Serviço Social moderno, que busca assegurar direitos e promover a inclusão social sem culpabilizar as famílias pela sua situação de vulnerabilidade.
A lógica de penalização implica em práticas que podem envolver a redução ou suspensão de benefícios, baseadas na ideia de que as famílias devem ser responsabilizadas pelo seu próprio bem-estar, ignorando muitas vezes as complexas circunstâncias sociais e econômicas que afetam suas vidas. É um reflexo de abordagens conservadoras e não alinhadas com os princípios éticos e de justiça social defendidos pelo Serviço Social contemporâneo.
Portanto, a alternativa correta é a "penalização das famílias" porque ela reflete essa visão antiquada e contrária ao enfoque de direitos e proteção social ampliada que o Serviço Social procura fomentar atualmente.
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GABARITO: LETRA A
===> Embora haja o reconhecimento explícito sobre a importância da família na vida social e, portanto, merecedora da proteção do Estado, tal proteção tem sido cada vez mais discutida, na medida em que a realidade tem dado sinais cada vez mais evidentes de processos de penalização e desproteção das famílias brasileiras. Nesse contexto, a matricialidade sociofamiliar passa a ter papel de destaque no âmbito da Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Esta ênfase está ancorada na premissa de que a centralidade na família e a superação da focalização, no âmbito da política de Assistência Social, repousam no pressuposto de que para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é necessário, em primeiro lugar, garantir as condições de sustentabilidade para tal. Nesse sentido, a formulação da política de Assistência Social é pautada nas necessidades das famílias, seus membros e dos indivíduos. (PNAS, 2004)
FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Gabarito Letra A
"As políticas públicas nos diferentes países, particularmente nos países pobres orientadas pelas normativas de organismos internacionais, passaram a ter como critérios orientadores a focalização, a privatização e a participação da sociedade civil na execução de programas e serviços sociais. Tais critérios têm implicado na acentuação de um processo progressivo de penalização das famílias. Essa penalização ganha visibilidade de inúmeras formas, tanto no plano da formulação das políticas sociais como na gestão dessas políticas. Por exemplo, ao focalizar, o Estado orienta os gastos públicos para os grupos mais vulneráveis e descuida da prestação de serviços universais. Esse descuido redunda numa rede de serviços públicos insuficientes para a cobertura das demandas e necessidades das famílias, tanto daquelas que são reconhecidas pobres, excluídas e vulneráveis e, portanto, merecedoras da atenção pública, como de um grande contingente de famílias que, embora não preencham esses requisitos para acessar determinadas políticas ou programas estatais, não dispõem dos recursos para a compra de serviços no mercado, ficando cada vez mais expostas aos riscos, a deterioração de suas condições de vida e a diminuição de sua capacidade protetiva."
Referência:
POLÍTICAS PÚBLICAS E FAMÍLIA: estratégias para enfrentamento da questão social. Regina Célia Tomaso Mioto; Maria Jacinta da Silva; Selma Maria Muniz Marques da Silva. Disponível em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/mesas/POLITICAS_PUBLICAS_E_FAMILIA___Mesa_Coordenada_Regina_Celi.pdf
Alguém sabe explicar o erro das outras alternativas?
GAB. A
Pereira (2006) considera o esvaziamento da política social como direito de cidadania uma estratégia resultante do impacto do neoliberalismo, já que, ao invés de emancipar a família sobrecarrega-a com tarefas e responsabilidades que pertencem ao Estado. Embora haja o reconhecimento explícito sobre a importância da família na vida social e, portanto, merecedora da proteção do Estado, tal proteção tem sido cada vez mais discutida, na medida em que a realidade tem dado sinais cada vez mais evidentes de penalização das famílias brasileiras (Brasil, 2004). Desse modo, a matricialidade sócio-familiar que passa a ter papel de destaque no âmbito do SUAS, merece ser decifrada.
FONTE: A RETOMADA DA FAMÍLIA NA POLÍTICA SOCIAL: avanços e retrocessos na proteção social
Aline Tosta dos Santos
a fgv humilha demais
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