Jeniffer, casada havia cinco anos com Mário, deu à luz, havi...
Com base no caso acima, julgue os próximos itens, relativos às intervenções do psicólogo no contexto hospitalar.
A qualidade da sobrevivência de Amanda depende dos seus primeiros instantes de vida; e a experiência de descontinuidade precoce e abrupta, a internação logo após o nascimento, é vivenciada pela bebê e por todos os seus familiares.
Gabarito comentado
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Alternativa correta: C - Certo
Explicação:
A questão aborda um tema muito importante na Psicologia da Saúde, particularmente no contexto hospitalar e neonatal. Para resolver essa questão, é necessário compreender o impacto psicológico e emocional das experiências iniciais de vida, tanto para o bebê quanto para os familiares.
Justificativa da Alternativa Correta:
A alternativa C está correta porque reconhece que a qualidade da sobrevivência de um bebê prematuro, como Amanda, depende significativamente dos cuidados recebidos nos primeiros instantes de vida. Esses primeiros momentos são cruciais para o desenvolvimento físico e psicológico do bebê. Além disso, a experiência de internação imediata na UTI neonatal não é apenas um evento médico, mas também um evento psicológico significativo que afeta todos os membros da família. Para os pais, especialmente a mãe, a separação abrupta e a preocupação com a saúde do bebê podem gerar altos níveis de estresse, ansiedade e sentimentos de impotência.
Por que as Alternativas Incorretas?
Como a questão não apresenta outras alternativas, focamos na explicação de por que a alternativa C é correta. No entanto, se houvesse outras opções, poderíamos discutir possíveis erros como a subestimação do impacto emocional da situação ou a negligência do papel dos primeiros cuidados na sobrevivência e desenvolvimento do bebê.
Intervenções do Psicólogo:
O psicólogo no contexto hospitalar tem o papel de fornecer suporte emocional e psicológico à família, ajudando-os a lidar com a angústia e o estresse. As intervenções podem incluir:
- Promoção do vínculo afetivo entre mãe e bebê, mesmo em situação de UTI.
- Orientações sobre o desenvolvimento do bebê e os cuidados necessários.
- Suporte psicológico para lidar com a ansiedade e o medo.
- Envolvimento de outros membros da família no processo de cuidado.
Essas ações ajudam a minimizar os impactos negativos da hospitalização prolongada e da situação de risco, promovendo um ambiente mais saudável para a recuperação do bebê.
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Comentários
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Winnicott (1999) esclarece que, durante as primeiras semanas de vida do bebê, os estágios iniciais dos processos de amadurecimento têm sua primeira oportunidade de se tornarem as experiências do bebê. O autor destaca a importância de um ambiente de facilitação criado pela presença da figura materna, o qual deve ser humano e pessoal, com características suficientemente boas para que o bebê possa alcançar seus primeiros resultados favoráveis. Para Winnicott, o apoio oferecido pelo ego materno facilita a organização do ego do bebê, afirmando que a mãe possui um tipo de identificação extremamente sofisticada com o bebê, na qual ela se sente muito identificada com ele, embora permaneça adulta. O bebê, por outro lado, identifica-se com a mãe nos momentos de contato. Do ponto de vista do bebê, nada existe além dele próprio e, portanto, a mãe é, inicialmente, parte dele; processo este denominado pelo autor de identificação primária. Portanto, "a qualidade da sobrevivência de Amanda depende dos seus primeiros instantes de vida; e a experiência de descontinuidade precoce e abrupta, a internação logo após o nascimento, é vivenciada pela bebê e por todos os seus familiares" (correto).Para Winnicott, Spitz e Bolwby a importância da presença materna junto ao recém-nascido desde os primeiros momentos de vida constitui-se como um importante requisito para o desenvolvimento psíquico ulterior do bebê.
Especificamente sobre a situação de prematuridade, encontramos nas produções de Brunner e Suddarth (1980), que a hospitalização do recém-nascido e lactente pode interromper os estágios iniciais de desenvolvimento da relação mãe-filho, podendo comprometer sua ligação; uma vez que o hospital, ao diminuir a responsabilidade da mãe no cuidado da criança, interfere no conhecimento que ela terá das necessidades do filho, das formas de satisfazê-lo e das interações retroalimentadoras do amor mãe-filho. ...
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