Para Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto d...

Vamos discutir a questão, começando pela alternativa correta e em seguida analisando as alternativas incorretas.

A alternativa correta é a alternativa C:

Impulsivo Emocional (0 a 1 ano); Sensório-motor e Projetivo (1 a 3 anos); Personalismo (3 a 6 anos); Categorial (6 a 11 anos); Puberdade e Adolescência (11 anos em diante).

Para entender melhor, vamos analisar a sequência dos estágios do desenvolvimento conforme a teoria de Henri Wallon. Sua abordagem é centrada na afetividade e considera o desenvolvimento emocional e cognitivo como um processo integrado. Os estágios são:

• Impulsivo Emocional (0 a 1 ano): Fase inicial onde o bebê reage basicamente por meio de impulsos e emoções.
• Sensório-motor e Projetivo (1 a 3 anos): O desenvolvimento de habilidades motoras e sensoriais começa a tomar forma, e a criança projeta suas ações no ambiente.
• Personalismo (3 a 6 anos): Fase em que a criança começa a formar sua identidade e a experimentar sentimentos de autonomia.
• Categorial (6 a 11 anos): Desenvolvimento de categorias mentais e habilidades cognitivas mais complexas.
• Puberdade e Adolescência (11 anos em diante): A fase final, marcada por mudanças físicas e psicológicas intensas.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: Está incorreta porque coloca a fase Impulsivo Emocional após a fase de Latência, o que é um erro na sequência cronológica.

Alternativa B: Apesar de se aproximar da sequência correta, a fase Latência está especificada de 7 a 11 anos, mas a sequência de fases não corresponde precisamente à proposta de Wallon.

Alternativa D: Está incorreta porque insere a fase Impulsivo Emocional após a fase Categorial, o que não faz sentido na teoria de Wallon.

Alternativa E: Erra ao colocar a fase Personalismo após a fase Categorial, invertendo a sequência correta dessas fases.

Com esse entendimento, fica mais claro como a teoria de Wallon organiza o desenvolvimento infantil e a importância da correta interpretação dessas fases.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

Alternativa: C

O educador francês Henri Wallon (1879-1962) aprofunda, o papel e a importância da afetividade para o desenvolvimento integral. Para Wallon, o homem é resultado de influências sociais e fisiológica, sendo os dois aspectos — orgânico e social — fundamentais para o desenvolvimento e especialmente dependentes do contexto sociocultural.

Predominantemente afetivo, onde o sujeito se expressa por meio de movimentos corporais, do contato corporal e do toque. Aqui, o aprendizado demanda uma presença e uma qualidade de troca corporal intensa, que passa pelo tato, pelo toque e pela segurança do embalo. É a partir da fusão com o outro que a criança interage com o meio ambiente, participa, se familiariza e aprende sobre o mundo que a cerca.

Neste estágio, se estabelece uma relação intensa com os objetos através do contato e se inicia a indagação persistente sobre o que eles são, seus nomes e como funcionam. O processo de ensino-aprendizagem nesta fase solicita disposição do educador em oferecer situações e espaços diversificados para que os alunos possam entrar em contato com diversos objetos e vivências, facilitando o processo de diferenciação em relação a cada um deles.

Nesta fase, a criança começa a se descobrir diferente das outras e dos adultos. A diferenciação se dá entre a criança e o outro. Neste estágio, é importante que ela entre em contato com atividades que possibilitem o exercício da escolha e com crianças de outras idades. O importante neste estágio é reconhecer e respeitar as diferenças que começam a surgir, inclusive valorizando e dando oportunidade de expressão a estas diferenças.

Ocorre a diferenciação mais intensa e nítida entre o eu e o outro, o que fornece a estabilidade necessária para a exploração das diferenças e semelhanças entre objetos, imagens, conceitos e ideias. Nesta fase, é importante tanto levar em consideração o que o aluno já sabe como diagnosticar o que ele precisa saber para dominar certas ideias. A descoberta do mundo dependerá das experiências a que terá acesso e que favoreçam ou não o desenvolvimento de sentimentos e valores que auxiliem a continuidade e ampliação destas descobertas.

Aqui, se delimita, de maneira mais clara e precisa, o reconhecimento da singularidade e autonomia do sujeito, com valores e sentimentos próprios, mediante ações de confronto e auto-afirmação. O processo ensino-aprendizagem deve primar pela criação de espaços e construção de vivências que permitam a expressão e discussão das diferenças e das descobertas, levando em consideração a necessidade de afirmação de relações solidárias, baseadas no respeito mútuo.