A conjunção adversativa, no trecho: “E, NO ENTANTO, todos n...

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Texto para responder à questão.



Dinamarca, um país contra o desperdício de comida


    Embora o desperdício alim entar seja socialmente mal visto, o que geralmente é uma das primeiras lições aprendidas em casa, os maus hábitos superam as boas intenções. Na Dinamarca, o esforço dos últimos cinco anos deu frutos: o país reduziu as perdas de alimentos em 25% graças ao impulso popular do movimento encabeçado pela plataforma Stop Spild Af Mad (“basta de desperdiçar comida”, no idioma local). Esse grupo é o motor, mas já embarcaram na ideia gigantes como Nestlé e Unilever, chefs famosos e redes de supermercados como a Rema 1000. De tanto ser martelada, em meia década essa mensagem impregnou a sociedade.

    Numa loja da Rema 1000 em Copenhague, há um saco de cenouras e outro de cherovias (uma raiz semelhante à cenoura) ao lado da balança onde frutas e hortaliças são pesadas. Esses dois produtos, muito populares, são vendidos por unidade, e não em maços ou sacos. É simples e ajuda o consumidor a comprar só o que necessita. Um pouco mais adiante, junto às geladeiras de laticínios, são guardados os ovos. Ficam refrigerados a 12oC para prolongar seu uso sem problemas de toxicidade. Os sacos de pão de forma apresentam meias porções, e as de bolinhos vêm com apenas cinco. Nos freezers das carnes, bifes e peitos de frango com prazo de validade muito exíguo têm um adesivo chamativo e preço reduzido. Em nenhum lugar há ofertas do tipo “leve três e pague dois”.

    “Se você for analisar, faz sentido. Para que comprar mais do que o necessário? E, no entanto, todos nós fazemos isso”, diz Anne-Marie Jensen Kerstens, consultora alimentar da Federação de Comerciantes Varejistas (DSK, na sigla em dinamarquês). Em 2008, essa foi a primeira rede de supermercados da Dinamarca a eliminar os descontos por volume, como o 3x2, preferindo oferecer produtos unitários a preços baixos. “Não só não atrapalhou as vendas como o cliente tende a levara quantidade exata”, comenta Jense Kerstens.

    O caminho dinamarquês contra o desperdício de alimentos - todos os caminhos, na verdade - levam a Selina Juul, uma designer gráfica transformada em ativista que abalou as consciências. Nascida em Moscou em 1980, chegou à Dinamarca com 13 anos e logo percebeu um fato para ela inconcebível. “As pessoas jogavam fora os restos de comida, quando em Moscou não sabíamos o que íamos comer no dia seguinte”, lembra a criadora de Stop Spild Af Mad em um restaurante do centro perto do Ministério de Alimentação, Agricultura e Pesca. É uma de suas piscadelas típicas. Isso e sua determinação a transformaram na Dinamarquesa do Ano em 2014. De cidadã irritada com o desperdício de alimentos (um total de 700.000 toneladas por ano, das quais 260.000 correspondem ao consumidor), Juul transformou Stop Spild Af Mad na maior ONG de seu tipo no país.


Isabel Rerrer. El País,15/10/2016

A conjunção adversativa, no trecho: “E, NO ENTANTO, todos nós fazemos isso”, pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas

Gabarito comentado

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Para responder esta questão, precisamos entender que o tema gramatical abordado é o uso de conjunções adversativas. Essas conjunções são utilizadas para expressar uma ideia de oposição ou contraste em relação à oração anterior.

No trecho apresentado: “E, no entanto, todos nós fazemos isso”, a expressão "no entanto" é uma conjunção adversativa. Ela conecta duas ideias contrastantes: a de que faz sentido não comprar mais do que o necessário e, ainda assim, as pessoas fazem exatamente isso.

Agora, vamos analisar as alternativas para encontrar outra conjunção que possa substituir "no entanto" sem alterar o sentido:

A - portanto.
A palavra "portanto" é uma conjunção conclusiva, usada para expressar uma conclusão, e não oposição. Logo, não é adequada neste contexto.

B - por isso.
"Por isso" também expressa uma consequência ou conclusão, não servindo como uma conjunção adversativa. Esta alternativa está incorreta.

C - entretanto.
A palavra "entretanto" é uma conjunção adversativa, assim como "no entanto". Ambas expressam uma ideia de oposição ou contraste. Portanto, esta é a alternativa correta.

D - porque.
"Porque" é uma conjunção explicativa ou causal, usada para introduzir uma razão ou justificativa, que não é o caso aqui.

E - por conseguinte.
Assim como "portanto" e "por isso", "por conseguinte" é uma conjunção conclusiva, inadequada para expressar oposição.

Portanto, a resposta correta é a alternativa C - entretanto, pois ela mantém o sentido adversativo do texto original.

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Comentários

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 “E, NO ENTANTO, todos nós fazemos isso”

→ Só precisamos fazer a troca de uma conjunção coordenativa por outra de mesmo valor adversativo é o caso da conjunção entretanto.

GABARITO. C

portanto, por isso, assim, logo, então, desse modo, dessa forma, por conseguinte...= coordenativa conclusiva

entretanto, no entanto, mas, porém, todavia, contudo, não obstante... = coordenativa adversativa

porque, que, pois (antes do verbo), porquanto... = coordenativa explicativa

Bons estudos!

Vai dar certo!

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