Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrin...

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Q1860897 Português
Atenção: Para responder à questão, considere o trecho do livro O elogio do vira-lata e outros ensaios, de Eduardo Giannett.


   A ciência destrói o seu passado. Os clássicos da literatura científica, como os tratados hipocráticos, o Le Monde de Descartes ou a Philosophia Botanica de Lineu, foram obras que marcaram época, mas que a passagem do tempo reduziu à condição de peças de antiquário e objeto de interesse restrito a especialistas em história da ciência. Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. 

    Com a filosofia é diferente. Os clássicos da literatura filosófica, como os diálogos platônicos, as Meditações de Descartes ou o Leviatã de Hobbes, são obras que parecem dotadas do dom da eterna juventude. Embora também se prestem à lupa antiquária do historiador de ideias, elas conseguem de algum modo driblar o tempo e falar diretamente aos espíritos vivos das novas gerações. A filosofia, como a arte, não enterra o seu passado.

     A diferença, é certo, resulta em parte da ausência de um critério bem definido de progresso na história da filosofia. Mas não é só. A consciência da nossa ignorância cresce de mãos dadas com o avanço do saber científico. Como observa com certa malícia Adam Smith na Teoria dos Sentimentos Morais, ao comentar a dificuldade de refutar conclusivamente teorias no campo da ética, a progressividade das ciências naturais também reflete a sua maior vulnerabilidade e propensão ao erro.

(GIANNETTI, Eduardo. O elogio do vira-lata e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2018)
Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. (1° parágrafo)
O termo a que o pronome relativo da frase acima se refere é: 
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GABARITO B

ANÁLISE DO TEXTO

Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. = O Pronome Relativo "que", na oração, apresenta Função de Sujeito, levando-se em consideração que ele introduz uma Oração Subordinada Adjetiva, a qual caracteriza o sujeito da oração principal, o termo "cientista". (Obs.: O verbo "prezar" é sinônimo de "valorizar". Logo, substituindo-se um pelo outro, fica mais fácil de resolver).

JUSTIFICANDO

a) [ERRADO] ciência.

b) [CERTO] cientista.

c) [ERRADO] obras. 

d) [ERRADO] época. 

e) [ERRADO] especialistas. 

Toda e qualquer observação é bem-vinda. Bons estudos e nunca desistam!

Gabarito B

Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

O pronome relativo "que" retoma o termo "cientista", pois com ele mantém uma relação de sentido.

GABARITO - B

QUE , nesse contexto, está atuando como pronome relativo. Basta fazer a troca por " qual (ais) ".

Ele retoma " Cientista ".

Nenhum cientista

O cientista se preza

O cientista que se preza

Quando o "que" pode ser substituído por "o qual, a qual, os quais,...", ele funciona como pronome relativo. Dessa forma, retoma um termo antecedente.

Para o CESPE/CEBRASPE, ele retoma, geralmente, o termo mais próximo.

Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

Nenhum cientista o qual se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

O pronome relativo "que" retoma "cientista"

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