Considerando-se o que determina o Código Civil em relação ao...
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Vamos analisar a questão sobre o seguro de pessoas conforme o Código Civil.
O tema central é a sub-rogação do segurador nos direitos do segurado, que é abordado no artigo 800 do Código Civil. Segundo este artigo, o segurador não tem direito à sub-rogação, ou seja, ele não pode assumir os direitos que o segurado ou beneficiário teria contra o causador do sinistro.
Agora, vamos analisar cada alternativa:
Alternativa C: "O segurador não pode subrogar-se nos direitos e ações do segurado, ou beneficiário, contra o causador do sinistro." Esta alternativa está correta de acordo com o artigo mencionado. A sub-rogação, comum em outros tipos de seguro, não se aplica ao seguro de pessoas.
Alternativa A: "O companheiro não pode ser indicado como beneficiário, se, à época do contrato, o segurado era separado do cônjuge apenas de fato." Esta afirmação está incorreta. O Código Civil permite que o segurado indique livremente seu beneficiário, e a separação de fato não impede que o companheiro seja nomeado.
Alternativa B: "O cônjuge, ascendente ou descendente, não pode fazer seguro da vida do esposo, de filhos ou de pais, sem comprovar legítimo interesse." Esta alternativa está incorreta. Na verdade, para parentes próximos, a presunção de interesse é automática e não exige comprovação adicional.
Alternativa D: "O segurador, se não estipular prazo de carência, de forma expressa, deverá, à falta de norma a respeito, pagar o seguro caso o segurado suicide nos primeiros dois anos." Esta alternativa está incorreta. O Código Civil estabelece prazo de carência de dois anos para casos de suicídio, mesmo sem estipulação expressa no contrato.
Exemplo Prático: Imagine que João, ao fazer um seguro de vida, não estipula um beneficiário específico. Após um sinistro, o segurador não pode se sub-rogar nos direitos de João contra quem causou o dano, respeitando o que estabelece o Código Civil para seguros de pessoas.
Ao analisar questões como esta, sempre busque identificar o que a legislação específica diz sobre o tema, e fique atento a detalhes como o tipo de seguro e os direitos envolvidos.
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Fundamentação: "Uma empresa de seguros terá que indenizar a mãe de um segurado que cometeu suicídio sete meses depois da assinatura do contrato. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou que não foi comprovada a intenção de fraude contra o seguro de vida, a fim de favorecer a beneficiária com pagamento de indenização, e resolveu o caso aplicando o princípio da boa-fé contratual. A ministra Nancy Andrighi, relatora, destacou que 'o planejamento do ato suicida para fins de fraude contra o seguro nunca poderá ser presumido'. Ela se apoiou na ideia de que a boa-fé é sempre pressuposta, enquanto a má-fé deve ser comprovada. 'Assim, ausente prova da premeditação, não há motivo para exclusão da cobertura oferecida pela seguradora, que deverá indenizar integralmente a família do segurado pelo valor contratado', concluiu. A ministra alertou para a necessidade de se distinguir entre a premeditação que diz respeito ao ato do suicídio e aquela que se refere ao ato de contratar o seguro com finalidade de fraude, para favorecer o beneficiário que vai receber a indenização. 'Somente a última hipótese permite a exclusão da cobertura contratada, pois configura má-fé', afirmou.". Ainda segundo a ministra relatora, "ultrapassado o prazo de dois anos, presumir-se-á que o suicídio não foi premeditado, mas o contrário não ocorre: se o ato foi cometido antes desse período, haverá a necessidade de prova da premeditação".
O STJ tem uma súmula a respeito, editada ainda na vigência do CC-16, mas, que se aplica, por causa desse entendimento, até hoje: n. 61 - "O SEGURO DE VIDA COBRE O SUICIDIO NÃO PREMEDITADO"
Abraços!
CC:
a) Art. 793. É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já se encontrava separado de fato.
b) Art. 790. No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preservação da vida do segurado. Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interesse, quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente do proponente.
c) Art. 800.
d) Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
LETRA C CORRETA
CC
Art. 800. Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro.
O segurador pode sub-rogar-se apenas no seguro de dano, no de pessoas não!
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