Sobre o psicodiagnóstico e os testes psicológicos, o que é ...

Vamos analisar a questão apresentada. A alternativa D é a correta quanto ao que é INCORRETO afirmar sobre psicodiagnóstico e testes psicológicos.

A alternativa D afirma que o psicólogo, durante entrevistas de anamnese e psicológicas abertas, deve apenas coletar dados objetivos, sem se preocupar em estudar o comportamento do paciente. Isso é incorreto porque, na prática da psicologia, o comportamento do paciente durante a entrevista é uma fonte valiosa de informações. O psicólogo deve conduzir a entrevista de maneira a compreender tanto as informações objetivas quanto as subjetivas, incluindo gestos, expressões e reações do paciente.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão corretas:

A: Esta alternativa está correta. Ela descreve o contexto histórico e o desenvolvimento dos primeiros testes intelectuais, mencionando Alfred Binet e Lewis Terman, que foram figuras centrais na criação dos conceitos de "idade mental" e "coeficiente de inteligência (QI)". Esses conceitos foram fundamentais para a evolução dos testes psicológicos.

B: Esta alternativa também está correta. No psicodiagnóstico, a ideia de que os sintomas são manifestações de uma condição psicológica subjacente é amplamente aceita. Os instrumentos ajudam a identificar e compreender esses sintomas e suas origens no psiquismo.

C: A afirmação é correta. Os testes projetivos, como o Rorschach e o Teste de Apercepção Temática, partem do princípio de que a percepção de uma pessoa é influenciada por seus processos internos, possibilitando uma análise desses elementos singulares.

E: Esta alternativa está correta. A entrevista lúdica é uma técnica onde o psicólogo usa o brincar como ferramenta para acessar e compreender a estrutura psíquica do paciente, especialmente em contextos onde a comunicação verbal direta pode ser limitada, como com crianças.

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A necessidade de identificação dos retardos mentais e as problemáticas oriundas da área bélica, da educação e dos recursos humanos motivaram o desenvolvimento dos primeiros testes intelectuais, tendo como base a ideia de que elementos do psiquismo possam ser mensuráveis. Foi nesta época que o psicólogo francês Alfred Binet cunhou o termo idade mental, e o americano Terman a famosa noção de QI (coeficiente de inteligência), que provém da relação entre a “idade mental” e a “idade real” do sujeito testado.

No psicodiagnóstico, supõe-se a existência de sintomas que são a expressão visível de uma “doença” invisível que afeta o psiquismo, e os instrumentos servem para desvelar os componentes desta doença do psiquismo.

Os testes projetivos, exemplificados por instrumentos como exame de Rorschach e o Teste de Apercepção Temática, partem da hipótese de que a percepção é intermediada por elementos singulares a cada sujeito, sendo por estes modelada em maior ou menor grau.

Na entrevista lúdica, o psicólogo aproxima-se do campo perceptivo do paciente através do seu brincar, a fim de construir hipóteses sobre a constituição psíquica do paciente.