A dor é o sintoma comum a muitos quadros clínicos. Dor aguda...
I. Agonistas opioides fortes não devem ser administrados juntamente com analgésicos não opioides (paracetamol, ibuprofeno) por apresentarem o mesmo sítio de ação.
II. Dentre os efeitos colaterais importantes dos opioides agonistas puros destaca-se a depressão respiratória.
III. Os opioides agonistas puros e parciais promovem a redução da motilidade gástrica, o aumento do tempo de esvaziamento intestinal e retardo na digestão.
IV. Os opioides agonistas parciais produzem analgesia por atuação em receptores opioides localizados exclusivamente em sítios espinais.
Está correto o que se afirma apenas em
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A alternativa correta é C - II e III.
Vamos entender o tema da questão. Ela trata sobre o uso de analgésicos opioides no manejo da dor, especialmente em casos críticos onde outros analgésicos não são eficazes. Esse é um conhecimento essencial na prática odontológica, onde a dor é um sintoma comum e, muitas vezes, de difícil controle. A questão exige do candidato conhecer os mecanismos de ação, os efeitos colaterais e as interações dos analgésicos opioides.
Agora, vamos justificar as alternativas:
Justificativa da Alternativa Correta (C):
II. Dentre os efeitos colaterais importantes dos opioides agonistas puros destaca-se a depressão respiratória.
Correto. Os opioides agonistas puros, como a morfina, são conhecidos por causar depressão respiratória, que é um dos seus efeitos colaterais mais graves. Isso ocorre porque eles atuam em receptores específicos no sistema nervoso central que regulam a respiração.
III. Os opioides agonistas puros e parciais promovem a redução da motilidade gástrica, o aumento do tempo de esvaziamento intestinal e retardo na digestão.
Correto. Opioides agonistas puros e parciais são conhecidos por diminuir a motilidade do trato gastrointestinal, levando a constipação e outros problemas digestivos. Esse efeito é devido à sua ação nos receptores opioides encontrados no trato gastrointestinal.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
I. Agonistas opioides fortes não devem ser administrados juntamente com analgésicos não opioides (paracetamol, ibuprofeno) por apresentarem o mesmo sítio de ação.
Incorreto. Os opioides e os analgésicos não opioides atuam em sítios de ação diferentes. Na verdade, a combinação de ambos é frequentemente recomendada para proporcionar um alívio mais eficaz da dor.
IV. Os opioides agonistas parciais produzem analgesia por atuação em receptores opioides localizados exclusivamente em sítios espinais.
Incorreto. Os opioides agonistas parciais, como a buprenorfina, atuam em receptores opioides tanto no sistema nervoso central quanto no periférico, não se restringindo apenas aos sítios espinais.
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Os agonistas opióides mais utilizados em anestesia são morfina, fentanil, alfentanil, sufentanil e meperidina. Os opioides geralmente são divididos em dois grupos: Opioides fracos – codeína e di-hidrocodeína; Opioides fortes – tramadol, metadona, fentanil, morfina e oxicodona.
MECANISMO DE AÇÃOOs opióides atuam a nível celular ligando-se aos receptores opióides presentes em todo sistema nervoso central (SNC), especialmente no núcleo do trato solitário, área cinzenta periaquedutal, córtex cerebral, tálamo e substância gelatinosa da medula espinhal.
O analgésico (ex: a base de dipirona, paracetamol, ibuprofeno) funciona se encaixando no lado ativo das enzimas (COX 1 e 2), impedindo que o ácido araquidônico se una a elas e libere as prostaglandinas que aumentam a sensação de dor.
I. errado. Um exemplo prático é o medicamento PACO.
IV. Agonistas parciais : A buprenorfina e a pentazocina atuam como agonistas parciais dos receptores MOR.
PACO = paracetamol + codeína
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