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Q252039 Arquitetura
     O processo mundial de reestruturação urbana verificado no início desse século pode ser propriamente chamado de reforma urbana. À semelhança dos processos ocorridos na virada do século XIX para o século XX, embora em proporções e profundidade  muito superiores às daquele momento, está sendo reconfigurado o conjunto de elementos que impulsionam e caracterizam a rede urbana mundial e sua hierarquia. Nesse sentido, as profundas transformações da economia, das relações sociais e do aparelho de Estado têm dado lugar, em termos urbanos e urbanísticos, à produção de novas centralidades, ao aumento gigantesco da mobilidade de pessoas, à competição acirrada entre cidades e à readequação de seus espaços a esses novos processos. 

                                                    Ana Fernandes. Urbanismo contemporâneo no brasil: entre o negócio 
                                                                     e o direito. In: Urbanismo em questão. Prourb, 2003, p. 263.




Com base no texto acima e na Lei de Parcelamento do Solo Urbano,  julgue o  item  a seguir, que tratam de planejamento urbano e redes   de transporte urbano.

A produção de novas centralidades de regiões metropolitanas tem por consequência direta o aumento significativo da circulação de pessoas, onerando as redes de transporte urbano e exigindo dimensionamento maior de seu excedente. 
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Gabarito: Errado (E)

Vamos analisar o tema central da questão, que envolve a produção de novas centralidades em regiões metropolitanas e seu impacto nas redes de transporte urbano. Esse é um conceito relevante no urbanismo contemporâneo, especialmente no contexto de reconfiguração urbana mundial descrito no texto de apoio.

A questão sugere que a criação de novas centralidades leva ao aumento significativo da circulação de pessoas, que sobrecarregaria as redes de transporte urbano.

Para entender esse ponto, é essencial compreender que a produção de novas centralidades visa distribuir melhor as atividades econômicas e sociais dentro de uma região metropolitana, descentralizando o fluxo urbano que tradicionalmente se dirigiria a um único centro principal. O objetivo é reduzir o congestionamento, não aumentá-lo.

Portanto, a afirmação de que a criação de novas centralidades "onera" as redes de transporte urbano é equivocada. Em teoria, ao criar múltiplos polos de atividade, a intenção é exatamente aliviar a pressão sobre a infraestrutura central existente, proporcionando um uso mais eficiente das redes de transporte.

Além disso, segundo a Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei nº 6.766/1979), uma das funções do planejamento urbano é justamente garantir que as áreas urbanas sejam desenvolvidas de maneira equilibrada, promovendo a integração e eficiência do transporte.

Para interpretar questões como essa, é importante lembrar de avaliar não apenas a afirmação em si, mas também o contexto teórico e legal em que se baseia. Perguntas sobre urbanismo muitas vezes testam o conhecimento sobre a intenção e os resultados esperados das práticas de planejamento urbano.

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Comentários

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Sim, existe um significativo aumento da circulação de pessoas, mas ao contrário do que diz o item, as redes de transporte urbano são aliviadas. Essas convergem para o centro principal, portanto o surgimento de novos centros acaba distribuindo os fluxos que antes iam todos para o mesmo ponto. 

Ótimo comentario !

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