Olívia chamou os pais para uma conversa na escola para orien...
Olívia é fonoaudióloga em equipe escolar, a coordenadora pedagógica solicitou que observasse mais atentamente a aluna Raquel (7 anos e 4 meses) que possuía algumas trocas na oralidade. Sua professora estava preocupada que Raquel levasse as trocas da oralidade para a escrita. Durante o intervalo, Olívia registrou o seguinte diálogo da aluna Raquel com outra aluna, Joana, enquanto trocavam figurinhas do álbum da copa:
− Raquel: a zente potia trocar figurinhas repetidas, ou pater, o que você assa?
− Joana: eu tenho poucas repetidas, será que o João não tem mais pra gente trocar?
− Raquel: asso que Zoão za trocou as teles ontem.
Em posterior conversa com a professora, Olívia teve acesso a algumas produções escritas de Joana, como a que segue, uma breve lista de objetos que os alunos fizeram após uma atividade de observação:
garafa, colher, vazu verdi, tijela, garfo, jogo di chadreis, chapeu, xavi.
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: E
O tema central da questão é a atuação do fonoaudiólogo educacional em relação a dúvidas dos pais sobre possíveis transtornos de comunicação em uma criança, especificamente no contexto de avaliação do Processamento Auditivo Central (PAC). Para resolver essa questão, é necessário entender o papel do fonoaudiólogo na escola e os objetivos do exame do PAC.
Justificativa da Alternativa Correta (E):
A alternativa E é a correta porque destaca que o exame de Processamento Auditivo Central é um procedimento complementar, ou seja, ele não determina sozinho um transtorno, mas faz parte de um conjunto de avaliações para melhor compreender problemas de comunicação oral e escrita. Além disso, a orientação de buscar uma avaliação fonoaudiológica clínica é válida, pois uma avaliação abrangente é fundamental para um entendimento preciso da situação.
Análise das Alternativas Incorretas:
A: A afirmação de que o fonoaudiólogo educacional não pode sugerir encaminhamentos está incorreta. O fonoaudiólogo tem o papel de orientar e, se necessário, sugerir avaliações adicionais, respeitando os limites de sua atuação no contexto educacional.
B: A recomendação direta para realizar o exame do PAC sem uma avaliação clínica prévia não é apropriada. É importante ter uma análise clínica cuidadosa antes de se decidir por exames específicos.
C: Embora um bom diagnóstico seja essencial, afirmar que o exame do PAC é determinante para todos os casos de comunicação oral e escrita é exagerado. O PAC é apenas uma parte do processo diagnóstico e não pode ser visto como a única ferramenta determinante.
D: Esta alternativa é incorreta porque o exame do PAC não é apenas para suspeitas de deficiência auditiva. Ele avalia o processamento auditivo, que pode afetar a comunicação mesmo sem deficiência auditiva aparente. Assim, descartá-lo sem uma avaliação mais ampla não é adequado.
A avaliação do PAC é um instrumento complementar que, junto com outras avaliações, contribui para um diagnóstico mais preciso. A orientação correta aos pais é fundamental para assegurar que a criança receba a intervenção necessária.
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