É CORRETO afirmar que o Ministério da Saúde associa riscos ...
A questão exigiu conhecimento literal e específico da cartilha de vigilância sanitária (2002) sobre os tipos de riscos.
Nessa cartilha, os riscos à saúde são divididos da seguinte forma:
- Riscos ambientais: "água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar), vetores e transmissores de doenças (mosquitos, barbeiro, animais), poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc."
- Riscos ocupacionais: "processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho ..."
- Riscos iatrogênicos: "(decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde) medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde"
- Riscos institucionais: "creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc".
- Riscos sociais: "transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas." (Fonte: ANVISA, 2002)
Vamos à análise das alternativas em busca daquela que detalhe corretamente os riscos ocupacionais.
A- Incorreta. De acordo com a cartilha, esses riscos são ambientais.
B- Incorreta. De acordo com a cartilha da ANVISA, esses são riscos sociais.
C- Incorreta. De acordo com a cartilha, esses são riscos sociais.
D- Correta. De acordo com a cartilha, de fato, os riscos apresentados nessa alternativa correspondem a riscos ocupacionais.
Fonte: ANVISA. Cartilha de Vigilância Sanitária. 2ed. Brasília. 2002. (p. 22)
GABARITO: LETRA D
Processos de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho
RESPOSTA LETRA D
Palavra chave está em risco operacionais, está relacionado com rotina. Rotina da parte hídrica foge a atuação do SUS, transporte e alimentos também foge e o ítem C faz parte da atuação do SUS mais foge a parte de rotina.
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Força e bora pra cima!!!
Principais riscos ocupacionais dos profissionais na área de saúde
- Radiações ionizantes e não ionizantes;
- Uso de materiais inadequados ou não esterilizados corretamente.
- Ritmo de trabalho e estresse acima do recomendável, pressão excessiva por conta das responsabilidades;
Quem define os riscos ocupacionais?
Além disso, a Comissão Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (CONASAT) define riscos ocupacionais como “todos os riscos inerentes à atividade que possam causar danos à saúde dos trabalhadores”. Em outras palavras, esses são riscos que podem ou não ser causados por atividades relacionadas ao trabalho.
Entre as principais categorias de riscos ocupacionais associadas pelo Ministério da Saúde estão:
- Riscos Físicos: Ruído, calor, frio, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressão anormal e umidade.
- Riscos Químicos: Poeiras, fumos, névoas, vapores, gases e substâncias químicas em geral.
- Riscos Biológicos: Vírus, bactérias, fungos, parasitas e outros organismos que podem causar doenças infecciosas.
- Riscos Ergonômicos: Movimentos repetitivos, postura inadequada, levantamento de peso, ritmo de trabalho excessivo e monotonia.
- Riscos Mecânicos e de Acidentes: Máquinas e equipamentos desprotegidos, ferramentas manuais defeituosas, superfícies irregulares ou escorregadias e a falta de sinalização.
Essas categorias de riscos são abordadas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e nas Normas Regulamentadoras (NRs), como a NR-9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Fundamentação Legal:
- Norma Regulamentadora NR-9: Estabelece a obrigatoriedade do PPRA para antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
- Lei n° 8.080/1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.