Ana é uma psicóloga que trabalha em um serviço de avaliação ...
O consentimento livre e esclarecido não é aplicado apenas no contexto de pesquisa?
"Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:
(...)
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação específica e respeitando os princípios deste Código;"
alguém poderia me explicar porque a letra C está incorreta?
gente nao entendi o gabarito
a entrevista como um meio de coletar informações relevantes para a elaboração de laudos e pareceres psicológicos, que serão encaminhados aos juízes e às partes interessadas
Estamos falando de um processo não com finalidade clinica, onde o foco do atendimento é na produção de um laudo por meio das informações relatadas pelo individuo, laudo o qual será encaminhado para outras pessoas, dessa forma deve-se explicar oque vão fazer, como será a entrevista e qual a finalidade da mesma.
Letra A e C caberiam no contexto judiciário também, porém ainda são mais "ambíguas", na minha opinião. A B tá claramente pro lado clínico, logo está errada. Letra D tem bem mais cara de ser "mais judiciário" que clínico.
Enfim, questão m*rda demais.
Alternativa correta: D
Vamos entender o porquê desta alternativa ser a correta e discutir as demais opções para que você compreenda os princípios éticos envolvidos na prática da psicologia jurídica.
Alternativa D: Informar aos entrevistados os objetivos, os procedimentos e os limites da entrevista, bem como os destinatários e as implicações do seu trabalho, obtendo sua anuência livre e esclarecida.
Esta alternativa é a correta porque está em conformidade com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, no qual é essencial garantir que os entrevistados sejam informados sobre todos os aspectos relevantes da avaliação psicológica. Essa prática não só respeita os direitos dos entrevistados, mas também assegura que eles compreendam o propósito e as possíveis consequências da entrevista, promovendo um ambiente de transparência e confiança. A anuência livre e esclarecida é um princípio fundamental para a prática ética do psicólogo.
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa A: Garantir o sigilo das informações obtidas nas entrevistas, salvo nos casos previstos em lei ou quando houver consentimento expresso dos entrevistados.
Embora o sigilo seja uma parte crucial do trabalho do psicólogo, esta alternativa não é completa em relação ao contexto da questão. Ainda que garantir o sigilo seja fundamental, a alternativa D aborda de maneira mais abrangente os cuidados éticos necessários, incluindo a informação e anuência dos entrevistados.
Alternativa B: Utilizar técnicas e instrumentos psicológicos reconhecidos pelo Conselho Federal de Psicologia, evitando o uso de métodos invasivos ou inadequados para os entrevistados.
Esta alternativa também está correta em termos de práticas éticas, mas não abrange o aspecto específico da comunicação clara e do consentimento informado, que são cruciais no contexto de entrevistas psicológicas no âmbito judiciário. Portanto, a alternativa D é mais adequada.
Alternativa C: Respeitar a dignidade e a integridade dos entrevistados, considerando suas características individuais, sociais e culturais, e evitando qualquer forma de discriminação ou violência.
Respeitar a dignidade e a integridade dos entrevistados é uma diretriz essencial e constante no Código de Ética, porém, assim como as outras alternativas, não aborda a questão do consentimento informado de maneira explícita e abrangente como a alternativa D.
Em resumo, para que Ana pratique a psicologia de forma ética no contexto judiciário, ela deve assegurar-se de que todos os envolvidos nas entrevistas estejam plenamente informados sobre o processo e consintam de maneira livre e esclarecida, conforme descrito na alternativa D.
Continue estudando e praticando, e não hesite em procurar mais informações e exemplos sobre a aplicação do código de ética na psicologia jurídica. Isso será essencial para sua preparação em concursos públicos e para a prática profissional.