Considere o seguinte trecho do texto. Os dados do Ranking Un...
Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino.
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar.
O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais.
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.
Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)
Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito...
Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões em destaque estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
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Letra C
Se o verbo terminar em som nasal (am, em, -ão), os pronomes assumem a forma NO, NA, NOS, NAS.
Se o verbo terminar em R, S, ou Z, perde essas consoantes e os pronomes assumem a forma LO, LA, LOS, LAS.RESPOSTA C
Dica: tentar primeiro substituir na frase, conforme regra citada pela colega, e depois procurar nas alternativas.
E complementando:
LHE: é usado para fazer referencia ao objeto indireto + pessoa = .....a Maria, ....ao João.
Os pronomes oblíquos funcionam como complementos verbais, ou seja, como objeto direto ou objeto indireto.
O(s), A(s) são sempre objetos diretos, pois substituem complementos verbais sem preposição. Se os verbos terminarem em R,S,Z essas letras finais desaparecem e o pronome ganha a letra L: Lo(s), La(s); se os verbos terminarem em som nasal (M e Til) o pronome ganha a letra N: No(s), Na(s).
Lhe, Lhes são sempre objeto indireto, pois substituem complementos verbais com preposição. OBS: Lhe(s) só substituem objetos indiretos iniciados pelas preposições A ou PARA.
Na questão, ambos os verbos são O.D. Além disso, trazem termina com som nasal e desfazer termina com R, portanto ficará trazem-nos e desfazê-lo.
Alternativa C, é só entender um pouco de pronomes oblíquos que fica fácil acertar.
Quando o pronome for "nos" devemos analisar o contexto em que se insere .
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