A técnica de análise de riscos pelo método da Árvore de Caus...
Analise as afirmações a seguir:
I. A investigação consiste em montar um quadro de antecedentes a partir do acidente. Esses antecedentes são de duas espécies: antecedentes-estado e antecedentes-permanentes.
II. O método de exame das atividades na organização para elucidar um acidente é formado por três componentes: indivíduo, tarefa e meio de trabalho.
III. A coleta dos fatos deve ser feita com subjetividade por pessoa que tenha aceitável conhecimento do modo de desempenho habitual do trabalho.
IV. A análise deve ser feita o mais cedo possível e no próprio local do acidente.
V. O método de Árvore de Causas é constituído por quatro etapas: 1 – Coleta e organização de dados, 2 – Montagem da árvore de causas, 3 – Identificação de medidas preventivas, 4- Seleção de medidas prioritárias.
Assinale a alternativa CORRETA.
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A alternativa D é a correta.
Vamos analisar o porquê dessa escolha:
Afirmativa I: A investigação realmente considera antecedentes ao acidente, que podem ser classificados como antecedentes-estado (relacionados às condições momentâneas) e antecedentes-permanentes (relacionados a condições duradouras). No entanto, esta afirmação em si não é relevante para a escolha da alternativa correta.
Afirmativa II: Esta é uma análise comum na investigação de acidentes, segmentando as atividades em indivíduo, tarefa e meio de trabalho. Esta afirmação está correta.
Afirmativa III: A coleta dos fatos deve ser feita com objetividade, ao contrário do que é afirmado, pois a subjetividade pode comprometer a precisão da análise. Portanto, essa afirmativa está incorreta.
Afirmativa IV: Realizar a análise o mais cedo possível e no local do acidente é uma prática fundamental para garantir a integridade dos dados e obter informações mais precisas. Assim, essa afirmativa está correta.
Afirmativa V: Descreve corretamente as etapas do método da Árvore de Causas que são: coleta e organização de dados, montagem da árvore de causas, identificação de medidas preventivas, e seleção de medidas prioritárias. Esta afirmativa está correta.
Com base nisso, apenas as afirmativas IV e V estão corretas, o que confirma que a alternativa D é a correta.
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Afirmações corretas IV e V.
I. A investigação consiste em montar um quadro de antecedentes a partir do acidente. Esses antecedentes são de duas espécies: antecedentes-estado e antecedentes-variações.
II. O método de exame das atividades na organização para elucidar um acidente é formado por quatro componentes: indivíduo, tarefa, material e meio de trabalho.
III. A coleta dos fatos deve ser feita com objetividade por pessoa que tenha aceitável conhecimento do modo de desempenho habitual do trabalho.
A árvore de causas é uma metodologia utilizada para investigação de acidentes de trabalho. Ela baseia-se na Teoria de Sistemas, que considera o acidente como um fenômeno complexo. Aqui estão as etapas para construir uma árvore de causas:
- Coletar dados: Busque informações detalhadas sobre o acidente, registrando os fatos relevantes, também conhecidos como fatores de acidente.
- Analisar os dados: Compreenda o problema examinando as variações em relação ao funcionamento habitual do sistema de trabalho.
- Analisar as causas: Construa a árvore de causas, identificando a rede de fatores que levaram ao acidente.
- Adotar medidas de controle: Com base na análise, crie um plano de ação para evitar futuros acidentes.
Lembre-se de que a análise precisa ser metódica e detalhada para obter resultados efetivos.
De acordo com a teoria da árvore de causas, o acidente é um evento complexo, com múltiplos fatores a serem observados. Em se tratando de acidente de trabalho, há variáveis, como pessoas, ambiente, materiais e tarefas que devem ser perscrutadas em conjunto analítico, de modo a fornecer um encadeamento lógico a respeito do evento.
Trata-se, como se pode notar, de teoria muito conhecida na área da medicina e segurança do trabalho. O arcabouço metodológico visa orientar um estudo sistêmico sobre as nuances que envolvem as ocorrências não programadas no meio ambiente de trabalho, de modo a investigar não só as causas próximas do acidente, como também as circunstâncias mais remotas que inibiram a prevenção de um sinistro laboral.
Tal metodologia abandona a análise fragmentada das circunstâncias que ocasionaram o acidente e tende a averiguar o papel desempenhado por cada variável na cadeia de acontecimentos que afetaram o curso da tarefa normal e que culminou com o evento danoso.
A teoria gira em torno do conceito central de variação ou desvio, cotejando quatro elementos: I) Indivíduo: Entendido em seus aspectos físicos e psicofisiológicos; II) Tarefa: É a sequência de operações executadas pelo indivíduo e passível de observação; III) Material: Representando equipamentos, máquinas, instrumentos, ferramentas, matérias-primas e insumos necessários à atividade e; IV) Meio de trabalho: São aspectos físicos e suas relações sociais.
Os fatos apurados são classificados em antecedentes-estado, assim consideradas as condições permanentes na situação de trabalho, bem como os antecedentes-variações (ou fatos eventuais, não habituais), que dizem respeito às condições não habituais ou modificações que surgem durante o desenvolvimento do trabalho.
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