Os versos abaixo pertencem a um poeta paraibano que lançou a...
O MORCEGO
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...” -- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh'alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!
O nome do autor, o título do livro e a época de sua primeira publicação estão indicados, respectivamente, na alternativa:
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: E - Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, Eu e início do Século XX.
Para resolver esta questão, precisamos identificar o poeta e a obra referida nos versos apresentados. A questão exige conhecimento de literatura brasileira, especificamente a obra de autoria do poeta paraibano Augusto dos Anjos.
Tema Central da Questão: Identificação de um autor e sua obra baseando-se em um excerto poético e conhecimento histórico-literário sobre a literatura brasileira.
Resumo Teórico: Augusto dos Anjos é um poeta conhecido por seu único livro, Eu, publicado em 1912. Sua poesia é marcada por temas sombrios, muitas vezes refletindo sobre a morte, a existência e elementos da ciência, aspectos que se destacam nos versos apresentados.
Justificativa para a Alternativa Correta: A opção E está correta porque menciona Augusto dos Anjos, autor dos versos "O Morcego", um poema integrante do livro Eu, publicado no início do Século XX. Esta é uma obra significativa na literatura brasileira, especialmente por sua abordagem única e sua profundidade na exploração de temas existenciais.
Análise das Alternativas Incorretas:
- A: Manuel Bandeira não escreveu O primo Basílio; esta obra é de Eça de Queirós, um autor português.
- B: José Lins do Rego não é autor de Morte e Vida Severina; esta obra é de João Cabral de Melo Neto e foi publicada no Século XX, não XVIII.
- C: João Cabral de Melo Neto é o autor de Morte e Vida Severina, não de Vidas Secas, que é uma obra de Graciliano Ramos.
- D: Graciliano Ramos é conhecido por Vidas Secas e não por Menino de engenho, que é de José Lins do Rego.
Estratégias de Interpretação: Quando confrontado com questões de identificação literária, sempre associe as obras aos seus temas centrais e às épocas em que foram publicadas. Saber identificar o estilo único de cada autor ajuda a eliminar alternativas.
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