Esta corrente do pensamento geográfico foi “calcada no Posi...
CARVALHO, Mariano de Oliveira. Cartografia Participativa e Planejamento Urbano: experiências de práticas colaborativas no ambiente escolar em Campos Sales, Ceará. (Dissertação de Mestrado) Sobral, 2016. 166 p.
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A alternativa correta é a C - Teorético-Quantitativa.
Vamos entender por que essa é a resposta certa e explorar as demais alternativas.
A questão descreve uma corrente do pensamento geográfico que se baseia no Positivismo ou Neopositivismo, utilizando a lógica cartesiana para interpretar dados matematicamente. O objetivo é criar modelos que possam ser aplicados em diferentes espaços, utilizando gráficos e tabelas para expressar essa síntese do mundo.
Alternativa C - Teorético-Quantitativa
A corrente Teorético-Quantitativa na Geografia é caracterizada exatamente por essa abordagem. Surgida na década de 1950, durante o período de pós-guerra, essa corrente buscava dar à Geografia um caráter mais científico e objetivo, utilizando métodos quantitativos e estatísticos para entender os fenômenos espaciais. A ideia era desenvolver modelos teóricos que pudessem ser aplicados para resolver problemas práticos, utilizando técnicas cartesianas e positivistas, como descrito no enunciado da questão. Portanto, essa é a alternativa correta.
Alternativa A - Tradicional
A Geografia Tradicional é marcada pelo empirismo e pela descrição detalhada das paisagens e fenômenos naturais. Não se baseia em métodos quantitativos e nem em modelos teóricos complexos. Seu enfoque é mais qualitativo e descritivo, o que não se alinha com a abordagem mencionada na questão.
Alternativa B - Crítica
A Geografia Crítica, desenvolvida a partir da década de 1970, é uma reação ao positivismo e ao determinismo da Teorético-Quantitativa. Ela foca na análise das relações de poder e das desigualdades sociais, utilizando uma perspectiva marxista e questionando as estruturas sociais e espaciais. Portanto, não se encaixa na descrição fornecida pela questão.
Alternativa D - Humanista
A Geografia Humanista valoriza a percepção e a experiência humana no espaço. Enfatiza aspectos subjetivos, culturais e fenomenológicos da relação entre humanos e seu ambiente. Essa corrente não utiliza métodos quantitativos e cartesianas, focando mais em narrativas e interpretações qualitativas, o que a torna inadequada para a descrição dada.
Em resumo, a corrente Teorético-Quantitativa é a que melhor se encaixa na descrição fornecida pela questão, pois utiliza operações e interpretações matemáticas para criar modelos aplicáveis em diferentes espaços, alinhando-se com a lógica do pensamento cartesiano e o positivismo.
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Num período em que a ciência questiona seu estatuto epistemológico moderno, uma das questões que se colocaenquanto fruto desse movimento é um resgate da história da ciência–no presente caso, um resgate da história da Geografia (Física). Durante muito tempo vista enquanto um subcampo estéril, a Geografia Física se mostra efervescente e frutífera quanto a alguns debates epistemológicos. Partindo de uma das dimensões do espaço geográfico–a natureza–, uma Geografia Física “integradora” tem sido tendência vista com relativa repercussão na Geografia, principalmente a partir da apropriação da chamada “questãoambiental”. No entanto, essas propostas teóricas podem ter sua origem em períodos anteriores, sofrendo transformações de acordo com as tendências metodológicas hegemônicas no campo científico a cada momento histórico. É o caso da contribuição da abordagem sistêmica, evidenciada a partir da “Geografia Teorético-Quantitativa”. Enquanto a chamada Geografia Clássica (ou Tradicional), principalmente aquela filiada aos estudos franceses, tinha como marca a utilização da região enquanto recurso analítico para o estudo do meio geográfico, nos anos 70 é o espaço o eleito como a principal categoria da Geografia, presente nas perspectivas de Lacoste, na “New Geography” e na Geografia Ativa. Issonão quer dizer que o espaço não estivesse presente nas reflexões dos geógrafos clássicos. Ratzel, que tem influência fundamental nos estudos da Geografia francesa (MAMIGONIAN, 2003), tinha o espaço implícito em suas discussões, compreendendo-o enquanto base indispensável para a vida do homem (CORREA, 2007). GAB:C
Esta corrente do pensamento geográfico foi “calcada no Positivismo, ou no chamado Neopositivismo - em sua vertente baseada na lógica do pensamento cartesiano - visava através de operações e de interpretações matemáticas produzir uma síntese do mundo e expressá-la através de gráficos e de tabelas, gerando modelos passíveis de aplicação nos mais diferentes espaços.” Trata-se da corrente de pensamento:. Teorético-Quantitativa. Gabarito, C.
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