A gagueira na infância pode ser um distúrbio
transitório ou persistente, e o tratamento precoce é
fundamental para minimizar impactos na comunicação
e no desenvolvimento social da criança. Em um caso de
gagueira em uma criança de 4 anos, que apresenta
disfluências desde os 3 anos de idade, a intervenção
fonoaudiológica deve focar tanto nos aspectos
linguísticos quanto comportamentais. Qual das
abordagens terapêuticas a seguir é a mais adequada,
considerando as melhores práticas baseadas em
evidências para o tratamento de gagueira em crianças
pequenas?

Question

A gagueira na infância pode ser um distúrbio
transitório ou persistente, e o tratamento precoce é
fundamental para minimizar impactos na comunicação
e no desenvolvimento social da criança. Em um caso de
gagueira em uma criança de 4 anos, que apresenta
disfluências desde os 3 anos de idade, a intervenção
fonoaudiológica deve focar tanto nos aspectos
linguísticos quanto comportamentais. Qual das
abordagens terapêuticas a seguir é a mais adequada,
considerando as melhores práticas baseadas em
evidências para o tratamento de gagueira em crianças
pequenas? Alternativa A: Realizar um programa intensivo de reeducação
respiratória e fonatória, com exercícios de
controle respiratório e produção vocal suave,
para reduzir as disfluências, baseando-se em
estratégias de controle motor propostas por
Starkweather et al. (2019). Ou Alternativa B: Implementar técnicas de modificação direta da
fala, com ênfase na repetição de palavras e
frases fluentes em sessões intensivas,
associadas ao uso de dispositivos eletrônicos
de feedback auditivo para melhorar a fluência,
conforme indicam os estudos de Bloodstein et
al. (2019). Ou Alternativa C: Aplicar a abordagem de modificação indireta da
fala, com foco na redução das disfluências
através da diminuição das exigências
linguísticas e da promoção de um ambiente de
fala relaxado, sem ênfase no controle direto da
fluência, conforme sugerido por Yairi & Seery
(2020).  Ou Alternativa D: Utilizar a abordagem Lidcombe, que envolve
reforços positivos para a fala fluente em casa,
associados ao monitoramento semanal com o
fonoaudiólogo, conforme orientações de
Onslow et al. (2020), uma vez que essa técnica
demonstrou alta eficácia em crianças
pequenas. Ou Alternativa E: Utilizar uma abordagem comportamental
baseada na terapia cognitivo-comportamental
(TCC) infantil, visando a modificação dos
padrões de pensamento e a redução da
ansiedade associada à fala, conforme sugerem
os estudos de Craig & Hancock (2021).

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [D] Utilizar a abordagem Lidcombe, que envolve
reforços positivos para a fala fluente em casa,
associados ao monitoramento semanal com o
fonoaudiólogo, conforme orientações de
Onslow et al. (2020), uma vez que essa técnica
demonstrou alta eficácia em crianças
pequenas. Alternativa Correta: D - Utilizar a abordagem Lidcombe

Tema Central da Questão: O tema central é a identificação da abordagem terapêutica mais adequada para o tratamento da gagueira em crianças pequenas, usando práticas baseadas em evidências. A questão destaca a importância de intervenções que considerem tanto aspectos linguísticos quanto comportamentais no tratamento.

Relevância: A gagueira é um distúrbio de fala que pode impactar o desenvolvimento comunicativo e social da criança. Intervenções precoces e eficazes são essenciais para minimizar esses impactos. Profissionais de fonoaudiologia devem, portanto, estar atualizados sobre as melhores práticas terapêuticas.

Resumo Teórico: O Programa Lidcombe é uma intervenção comportamental direta para crianças pequenas com gagueira. Este método envolve reforços positivos fornecidos pelos pais em casa para promover a fala fluente, além de monitoramento semanal com o fonoaudiólogo. Estudos, como os de Onslow et al. (2020), mostram que essa abordagem tem alta eficácia em crianças pequenas, sendo uma escolha comum entre profissionais.

Justificativa da Alternativa Correta: A escolha da alternativa D se justifica pela eficácia comprovada do Programa Lidcombe em crianças pequenas. A abordagem é bem documentada em literatura científica e é amplamente utilizada por seu sucesso em ambientes práticos. O monitoramento contínuo e o envolvimento dos pais são elementos chave que mostram um impacto positivo significativo na redução da gagueira.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - O programa intensivo de reeducação respiratória e fonatória não é a primeira escolha para crianças dessa faixa etária, uma vez que pode ser mais indicado para adolescentes e adultos. Estudos como os de Starkweather et al. (2019) se aplicam melhor a contextos diferentes.
    B - Modificações diretas de fala com feedback eletrônico podem ser úteis, mas são menos adequadas para crianças pequenas, que podem não responder bem a esses métodos intensivos, conforme observado por Bloodstein et al. (2019).
    C - A abordagem de modificação indireta foca na redução das exigências linguísticas, mas pode não ser suficiente por si só para abordar a gagueira persistente em crianças, segundo Yairi & Seery (2020).
    E - Terapia cognitivo-comportamental é mais voltada para adolescentes ou adultos, focando em ansiedade e padrões de pensamento, mas não aborda diretamente as necessidades específicas de crianças com gagueira, como observado por Craig & Hancock (2021).

Estratégia de Interpretação: Para questões como esta, atente-se às palavras-chave como "baseadas em evidências" e "crianças pequenas". Essas dicas podem direcionar para abordagens reconhecidas e eficazes para a faixa etária específica.

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