A respeito das ideias veiculadas no texto apresentado e de s...

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Q3258182 Português
    Em um mundo cada vez mais acelerado e hiperconectado, que recompensa o imediatismo, a cultura da urgência obscurece a linha entre o que é realmente importante e o que não é. No trabalho, a cultura da urgência pode envolver lidar com solicitações frequentes de última hora, prazos ou carga de trabalho irrealistas e estimular a expectativa de que se esteja disponível mesmo depois do expediente. Na vida pessoal, as manifestações da cultura da urgência incluem estender-se demais nos relacionamentos, verificar com frequência as atualizações das mídias sociais, por medo de perder alguma coisa, e responder imediatamente a chamadas e mensagens de texto, mesmo quando isso for inconveniente.  

    Fazer parte da cultura do “sempre ligado” muitas vezes exige a realização de várias tarefas. No entanto, pesquisas mostram que o cérebro humano não tem a arquitetura neurocognitiva para realizar duas ou mais tarefas simultaneamente. Portanto, toda vez que realizamos uma multitarefa, o cérebro fica mais lento e sua produtividade pode ser reduzida em até 40%.

    Além disso, “a atração pela distração que impulsiona a maioria das multitarefas pode ser difícil de ser desligada”, afirma a neurocientista Friederike Fabritius. “Como resultado, você pode achar difícil se concentrar mesmo quando não está realizando multitarefas”, ela diz.

    Enquanto isso, a superestimulação constante — um contribuinte significativo para a cultura da urgência — dessensibiliza o sistema de dopamina. Em resumo, “quanto mais superestimulada uma pessoa estiver, menos alegria poderá sentir”, diz Fabritius.

    A superestimulação constante também impede o pensamento reflexivo. Quando o cérebro está sobrecarregado pela necessidade constante de processar informações e tomar decisões rapidamente, ele geralmente recorre ao pensamento superficial. Isso compromete sua capacidade de se envolver em um trabalho profundo que exija longos períodos de concentração sem distrações.

    Por fim, a cultura da urgência, com o passar do tempo, também pode ser prejudicial à saúde física, contribuindo para hipertensão, privação do sono, colesterol alto e distúrbios inflamatórios. 


Internet: <nationalgeographicbrasil.com> (com adaptações). 
A respeito das ideias veiculadas no texto apresentado e de seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.

Conclui-se do texto que a cultura da urgência se manifesta de forma mais frequente na vida pessoal do que no ambiente de trabalho.
Alternativas

Comentários

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A afirmativa está errada.

O texto não sugere que a cultura da urgência se manifesta de forma mais frequente na vida pessoal do que no ambiente de trabalho. Pelo contrário, ele aborda manifestações dessa cultura tanto na vida pessoal quanto no trabalho, sem indicar que uma é mais frequente que a outra. Exemplos mencionados incluem prazos e carga de trabalho irrealistas no ambiente profissional, bem como a necessidade de responder a mensagens e verificar mídias sociais na esfera pessoal. Ambos os contextos são tratados com igual relevância no texto.

Bons estudos!

Questão Errada, pois o texto diz que tanto na vida pessoal quanto na profissional à urgências

ERRADO

Pede-se a inferência (conclui-se), e pelo primeiro parágrafo não podemos inferir que a cultura da urgência é mais frequente na vida pessoal do que no ambiente de trabalho.

Na verdade, parece que as duas estão no mesmo nível de exigência, pois não há comparações.

pessoal, uma dica em interpretação de texto: na vida real acreditamos que sim, mas não leve isso para o que o texto não diz.

 Por fim, a cultura da urgência, com o passar do tempo, também pode ser prejudicial ...

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