Um escolar de 10 anos comparece ao consultório acompanhado de sua tia materna. A tia diz que sempre cuidou dele, pois sua mãe é muito ocupada com o trabalho.
Nos últimos anos, após muitos conflitos familiares, sua tia
afirma que o menino comecou a piscar o olho com muita
frequência e não para de fazer um barulho com a boca.
Relata, ainda, que, no último ano manteve os movimentos pelo menos 10 dias em cada mês. Durante a avaliação, nota-se que a criança não apresenta nenhum atraso
em seu desenvolvimento, tem bom rendimento escolar, e
esses movimentos diminuem ou desaparecem durante o
sono.
Neste momento, considerando a principal hipótese diagnóstica, deve-se

Question

Um escolar de 10 anos comparece ao consultório acompanhado de sua tia materna. A tia diz que sempre cuidou dele, pois sua mãe é muito ocupada com o trabalho.
Nos últimos anos, após muitos conflitos familiares, sua tia
afirma que o menino comecou a piscar o olho com muita
frequência e não para de fazer um barulho com a boca.
Relata, ainda, que, no último ano manteve os movimentos pelo menos 10 dias em cada mês. Durante a avaliação, nota-se que a criança não apresenta nenhum atraso
em seu desenvolvimento, tem bom rendimento escolar, e
esses movimentos diminuem ou desaparecem durante o
sono.
Neste momento, considerando a principal hipótese diagnóstica, deve-se Alternativa A: tranquilizar o paciente e sua tia e aconselhar uma
abordagem multiprofissional que pode envolver terapia familiar e psicoterapia. Ou Alternativa B: iniciar o tratamento com agonistas dos receptores
alfa-2-adrenérgicos, como a clonidina, associado ao
atendimento por equipe multiprofissional. Ou Alternativa C: solicitar exame do cariótipo para descartar doença de
Huntington, uma vez que o paciente apresenta movimentos involuntários. Ou Alternativa D: encaminhar ao neuropediatra para investigação de
possíveis quadros orgânicos que poderiam desencadear os sintomas como discinesias. Ou Alternativa E: solicitar um eletroencefalograma para descartar possíveis diagnósticos diferenciais como crises de ausências.

Drauzio Jr · Accepted Answer

Alternativa [A] tranquilizar o paciente e sua tia e aconselhar uma
abordagem multiprofissional que pode envolver terapia familiar e psicoterapia. Diante do relato da tia da criança sobre os movimentos involuntários que o menino apresenta, a principal hipótese diagnóstica é a presença do transtorno de Tourette. É importante destacar que, nesse caso, a criança não apresenta nenhum atraso em seu desenvolvimento e tem bom rendimento escolar. Portanto, a opção correta é a alternativa A, que sugere tranquilizar o paciente e sua tia e aconselhar uma abordagem multiprofissional que pode envolver terapia familiar e psicoterapia. O tratamento medicamentoso pode ser considerado em casos mais graves, porém, nesse momento inicial, é fundamental oferecer suporte emocional e orientação a respeito do transtorno.

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