“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que...
“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais” — a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808; da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831 — podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
Decisão estratégica de D. João VI, a criação do Reino Unido,
em 1815, objetivou demonstrar, às forças políticas que
passaram momentaneamente a dominar o cenário europeu
devido à derrota imposta a Bonaparte e ao pretenso
aniquilamento do legado da Revolução Francesa, que Portugal
não se curvava aos ditames do Congresso de Viena.
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A criação do Reino Unido, em 1815, de fato foi uma decisão estratégica; no entanto, seu objetivo principal era possibilitar a participação de Portugal no Congresso de Viena iniciado em 1814. O Congresso de Viena tinha por objetivo restaurar o poder das monarquias européias e redefinir as fronteiras da Europa, alteradas a partir das guerras napoleônicas. Para participar do Congresso o governo deveria obrigatoriamente está instalado no seu terrotório, o que não era o caso de Portugal já que o governo de D. João VI estava instalado no Brasil desde 1808; deste modo, elevando o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, este problema estaria resolvido, pois o Brasil deixava de ser colônia para se tornar Reino e Dom João seria o seu soberano e, consequentemente, preenchido restava o requisito para participação no Congreso de Viena iniciado em 1814.
Fonte: http://escola.britannica.com.br/article/483504/Reino-Unido-de-Portugal-Brasil-e-Algarves
Completando a citação abaixo, as elites portuguesas aqui instaladas, criaram "raízes" e não queriam voltar para Portugal, assim como Dom João também não . Então, por isso, Dom João deixa seu filho Dom Pedro como príncipe regente . Assim não separa a nobreza portuguesa já abrisileirada , e cumpre com o estabelecido no Congresso de Viena (1815) .
Perfeita explicação Ana Oliveira. Muito obrigado.
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