A Teoria Instrumentalista, originária da década de 1970, af...

Alternativa Correta: B - as notícias são produzidas de forma parcial para servir a determinados interesses políticos.

O tema central da questão é a Teoria Instrumentalista, que faz parte das teorias críticas do jornalismo. Esta teoria sugere que o jornalismo não é neutro, mas sim usado como instrumento para servir aos interesses de determinados grupos, especialmente políticos e econômicos. Compreender essa teoria é essencial para interpretar a forma como as notícias podem ser manipuladas ou direcionadas para atender a certas agendas.

Justificativa da Alternativa Correta (B): A alternativa B é a correta porque a Teoria Instrumentalista defende que as notícias são intencionalmente produzidas de maneira parcial ou tendenciosa. O objetivo é beneficiar ou promover interesses específicos, frequentemente ligados a grupos políticos. Essa teoria critica a ideia de imparcialidade jornalística, argumentando que o jornalismo pode ser uma ferramenta de poder.

Por que as outras alternativas estão incorretas:

A - o jornalismo é um mercado, e as notícias são seus produtos. Esta afirmação descreve uma visão mercadológica do jornalismo, que não se relaciona diretamente com a Teoria Instrumentalista. Ela foca na comercialização das notícias, mas não aborda a questão da parcialidade política.

C - as notícias são distorcidas pelas próprias fontes entrevistadas pelos definidores primários. Aqui, a ênfase está na distorção das informações pelas fontes primárias, o que não condiz com a Teoria Instrumentalista, que se concentra na manipulação pelas instituições ou pelo sistema jornalístico.

D - as notícias não são reflexos da realidade; elas correspondem a uma construção da realidade. Esta alternativa se alinha mais com a Teoria do Agendamento ou as teorias construcionistas, que discutem a construção social da realidade, mas não necessariamente com foco nos interesses políticos específicos.

E - a notícia é o produto da integração histórica de forças sociais, pessoais, ideológicas e culturais. Apesar de esta visão também abordar a complexidade da produção de notícias, ela foca em uma abordagem mais integrada e multifacetada, não especificamente na utilização instrumental das notícias para fins políticos.

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A Teoria Instrumentalista é instrumento para determinados interesses políticos.

Há duas interpretações na Teoria Instrumentalista, são elas:

a) Versão “da esquerda”: as notícias são vistas como instrumentos para manter o status quo capitalista;

b) Versão “da direita”: as notícias são vistas como questionamentos, isto é, são usadas para questionar o sistema.

A Teoria Instrumentalista parte, independentemente da versão, de princípios epistemológicos presentes na teoria do espelho, pois se o objetivo é verificar distorções, ela aceita que é possível refletir a realidade. (Felipe Pena)

Cláudia Jones, locutora e jornalista.

"(...) as teorias instrumentalistas que surgem com uma nova força nas décadas dos anos 1970 e 1980 e que contribuíram de forma significativa para a crescente onda de crítica dos media e do jornalismo que continua hoje de vento em popa. Nas teorias instrumentalistas há duas suposições: 1) o processo de produção das notícia envolve uma conspiração entre agentes sociais; e 2) a intenção consciente de distorção é crucial na elaboração das notícias" (TRAQUINA, p. 120)