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Q2575669 Serviço Social
Pereira e Lemos, em seu artigo "O trabalho do/a assistente social no atendimento à população transgênero e travesti" (2021), a transgeneridade caracteriza-se quando a pessoa não se identifica com o sexo biológico designado ao nascer, ou seja, quando este não corresponde à identidade de gênero daquela pessoa. A identidade de gênero representa como alguém se sente e se apresenta no mundo, sem que isso implique uma relação direta e inevitável com o sexo biológico. Para além desses conceitos, uma pessoa também pode se identificar com aspectos sociais de mais de um gênero, flutuando entre ambos, ou com nenhum gênero normativo binário. Sobre a transgeneridade podemos afirmar:

I- Os preconceitos, as discriminações e as violências que as pessoas trans e travestis sofrem e de que são vítimas, sustentam-se em uma lógica normativa de controle dos corpos, que traz, igualmente, benefícios ao modo de produzir e viver em uma sociedade capitalista. II- O binarismo de gênero pressupõe uma ideologia que afirma que homens e mulheres são radicalmente diferentes e que essa diferença está assentada no sexo biológico, portanto, imutável e inquestionável. III- Aqueles que se reconhecem dentro da transgeneridade, da travestilidade e do não binarismo de gênero são aceitos pela sociedade cisgênera, heterossexista e patriarcal. IV- Ao falar sobre gênero, é essencial compreender as desigualdades entre mulheres e homens como históricas, naturalizando as relações de poder impostas e construídas socialmente. 
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