O planejamento no Sistema Único de Saúde é uma função gesto...
I.A configuração das relações intergovernamentais do Sistema Único de Saúde visa concretizar a proposta de acesso universal, integral e equânime à saúde e está definida na Constituição Federal de 1988 (Capítulo II, seção II) e na Lei n.° 8080/1990 (Capítulo IV), cabendo a essa última dispor de forma mais detalhada sobre o tema. Os fundamentos de organização federativa da política de saúde no Brasil estabelecem que a distribuição de competências entre as esferas de Estado deve compatibilizar os princípios de descentralização e unicidade, compondo um sistema de saúde com comandos no âmbito nacional, estadual e local, articulados de forma regionalizada com o objetivo de integrar as ações e serviços de saúde em todo o país.
II.Cabe exclusivamente à esfera federal, mas articulada de maneira conjunta com as demais esferas, definir mecanismos de controle e avaliação dos serviços de saúde, monitorar o nível de saúde da população, elaborar normas para regular a contratação de serviços privados, gerenciar recursos orçamentários e financeiros, definir políticas de recursos humanos, realizar o planejamento de curto e médio prazo e promover a articulação de políticas e planos de saúde, entre outros.
III.Cabe aos Estados a prestação direta de ações e serviços de saúde, dos cuidados primários e de média e alta complexidade. Entre suas principais atribuições, estão as de executar serviços de vigilância epidemiológica e sanitária; de alimentação e nutrição; de saneamento básico e de saúde do trabalhador; implementar a política de insumos e equipamentos em saúde; controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde; planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; entre outros, incluindo a saúde do trabalhador em todas as dimensões e relações de trabalho existentes.
É correto o que se afirma em:
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é: C - I, apenas.
Comentário:
O tema da questão aborda o planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando sua importância como função gestora, requisito legal e mecanismo para garantir a unicidade e os princípios constitucionais do SUS. Além disso, a questão destaca as responsabilidades dos gestores em cada esfera de governo, a necessidade de conhecimento técnico no planejamento e a valorização da autonomia dos entes federados por meio de um processo ascendente, partindo dos municípios até a União.
Para resolver esta questão, é necessário ter conhecimento sobre a Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 8080/1990, que estabelecem as bases do SUS e suas diretrizes, incluindo a descentralização, regionalização e a organização federativa da política de saúde no Brasil.
Justificativa da alternativa correta:
Alternativa I: Correta. Esta alternativa está em conformidade com a Constituição Federal de 1988 (Capítulo II, seção II) e a Lei nº 8080/1990 (Capítulo IV). Ela descreve corretamente como as relações intergovernamentais no SUS visam garantir acesso universal, integral e equânime à saúde. A alternativa também alinha-se aos princípios de descentralização e unicidade, destacando a articulação das ações e serviços de saúde de forma regionalizada.
Justificativa das alternativas incorretas:
Alternativa II: Incorreta. Embora a esfera federal tenha um papel importante na definição de normas e controle, a afirmação de que cabe "exclusivamente" à esfera federal, mesmo que articulada com as demais esferas, está incorreta. A responsabilidade é compartilhada entre as esferas federal, estadual e municipal, conforme o princípio da descentralização do SUS.
Alternativa III: Incorreta. Esta afirmação contém parcialmente atribuições corretas dos estados. No entanto, não é correto afirmar que cabe exclusivamente aos estados a prestação direta de todas as ações e serviços de saúde, incluindo cuidados primários. Os municípios são responsáveis pela atenção primária à saúde, enquanto os estados e a União colaboram de forma integrada em ações de média e alta complexidade, vigilância sanitária, entre outras.
Conclusão:
Portanto, a única alternativa totalmente correta que atende aos princípios e diretrizes do SUS descritos na legislação é a Alternativa I.
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