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Q689459 História

     Para a geração dos “pais fundadores”, a expansão dos Estados Unidos da América para o oeste abria a possibilidade de realizar uma utopia espacial grandiosa. Na visão de Thomas Jefferson, os EUA tinham uma oportunidade sem precedentes de evitar o declínio das velhas sociedades europeias, na medida em que o seu desenvolvimento se realizasse no espaço e não precipuamente no tempo.


Jürgen Osterhammel. Die Verwandlung der Welt. Eine Geschichte des 19. Jahrhunderts. München: CH Beck, 2011, p. 479 (traduzido e adaptado)

 A propósito do tema abordado no texto precedente, julgue (C ou E) o item seguinte.
O reconhecimento oficial dos Estados Confederados da América pela Rússia e pela França, nos primeiros meses da Guerra Civil, conferiu aos secessionistas certa legitimidade internacional, garantindo-lhes mercado consumidor para as suas exportações agrícolas, além do fornecimento de armas e munição.
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A expansão dos Estados Unidos para o oeste representou, para a geração dos "pais fundadores" como Thomas Jefferson, uma chance singular de construir uma utopia espacial. Eles acreditavam que os EUA poderiam evitar os erros de declínio observados nas sociedades europeias, desenvolvendo-se mais por meio da conquista espacial do que por mudanças históricas no tempo.

Em relação ao texto acima, deve-se avaliar a veracidade da seguinte afirmação:

"A Rússia e a França reconheceram oficialmente os Estados Confederados da América no início da Guerra Civil, concedendo aos secessionistas uma forma de legitimidade internacional. Isso supostamente garantiu um mercado para suas exportações agrícolas, além de fontes de armas e munição."

Resposta: Errado

Comentário: A afirmação é incorreta porque, apesar dos esforços dos Estados Confederados para obter reconhecimento internacional durante a Guerra Civil Americana, nem a Rússia nem a França concederam tal reconhecimento. Essa falta de reconhecimento internacional dificultou a capacidade dos Confederados de estabelecer relações comerciais e obter suprimentos, incluindo armas e munição, de forma legítima no cenário mundial.

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Comentários

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Uma vez começada a guerra com os Estados Unidos, as possibilidades de sobrevivência da Confederação passavam pelo apoio e intervenção militar da França e o Reino Unido.

Os Estados Unidos tiveram clara esta possibilidade, e manifestaram que o reconhecimento da Confederação significaria entrar em guerra com eles também. Também ameaçaram a respeito do abastecimento do Reino Unido de alimentos à Confederação. Os confederados pensavam que o Reino Unido apoiá-los-ia para obter algodão, até mesmo utilizavam a frase "o algodão é o rei". Mais tarde demonstrar-se-ia que estavam equivocados, os britânicos na realidade, em 1861, tinham grandes armazéns de algodão e dependiam muito mais do grão dos Estados Unidos.

Durante a sua existência, o governo confederado enviou repetidas delegações à Europa, mas os historiadores não consideram que estes representantes conseguissem muitos sucessos diplomáticos. James M. Mason foi enviado a Londres como ministro confederado da rainha Vitória, e John Slidell a Paris como ministro de Napoleão III. Ambos podiam ter reuniões privadas com os altos funcionários públicos britânicos e franceses, mas não conseguiram um reconhecimento oficial para a Confederação.

Os EUA trabalharam exaustivamente na face diplomática para que ninguém reconhecesse os Confederados.

Gabarito: Errado.

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Errado, os Estados Confederados da América não foram reconhecidos internacionalmente por nenhuma nação.

Após vitórias militares dos sulistas, foi cogitado o reconhecimento e negociações. Após a Emancipação de Janeiro de 1863, entretanto, o governo dos EUA garantiu que os confederados não teriam apoio internacional, já que isso seria encarado como um apoio ao regime escravista.

Errado

Nenhuma nação reconheceu os Confederados, mas França e Inglaterra deram a eles o status de beligerantes, por isso houve venda de armas aos revoltosos

TEC

Durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), a União prestou grande atenção às tentativas confederadas de alcançar algum reconhecimento internacional. A primeira medida do governo de Abraham Lincoln nesse sentido foi de tratar a guerra como uma insurreição doméstica, e não como um secessionismo de fato; isto, teoricamente, impediria que outras nações pudessem reconhecer a existência de dois países. No entanto, a economia agroexportadora dos confederados levou a União a decretar um bloqueio naval aos portos sulistas, o que, à luz do direito internacional, significava que existia uma guerra entre os dois países e, nesse ponto, as esperanças diplomáticas sulistas se acenderam. Na percepção da Confederação, se a União bloqueasse suas exportações, a potente indústria têxtil britânica entraria em colapso por falta de matéria prima, levando Londres a declarar guerra contra o Norte e consolidando as posições dos secessionistas.

 

A prática da guerra, por seu turno, desmentia as pretensões confederadas, já que não conseguiam alcançar séries relevantes de vitórias contra as forças centrais, fazendo com que as potências europeias desconfiassem da própria viabilidade material do conflito. A Grã-Bretanha liderou o movimento europeu de declaração de neutralidade frente à guerra, reconhecendo as partes beligerantes, mas não estabelecendo um reconhecimento de independência confederada frente à União. O governo americano seguiu pressionando as potências europeias para não intervir na questão e foi muito bem sucedido na sua política de isolar as investidas sulistas para a obtenção de armas e de empréstimos. Até o final da guerra, todos se declararam neutros e reconheceram os beligerantes, mas nenhuma potência estrangeira estabeleceu reconhecimento oficial a favor do Sul.

 

Por fim, cumpre destacar que o Império Russo manteve relações bastante amistosas e próximas com a União ao longo de toda Guerra Civil. Ainda que os confederados tenham tentado atrair insurgentes poloneses que se levantaram contra a Rússia, não houve nenhum ganho efetivo do Sul na região.

 

Poderia o candidato confundir, em erro gravíssimo, a Guerra Civil com a Guerra de Independência Americana, na qual a França participou ativamente em favor da independência. Sem mais, item ERRADO.

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