A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos maiores pro...

Crise hipertensiva é o aumento repentino, de característica grave, inapropriada e sintomática da pressão arterial em uma pessoa normotensa ou hipertensa

A) Incorreta- A questão solicita a alternativa incorreta sobre a  crise hipertensiva. A alternativa propõe que um dos maiores riscos da crise hipertensiva são lesões a órgãos alvo, como tireoide, fígado, baço e coração. Quando a diastólica é menor do que 130mmHg e maior do que 100mmHg, há a necessidade de intervenção rápida, estando incorreta, a crise hipertensiva é definida como Pressão Arterial ≥180 x 120 mmHg, acompanhada de sintomas que podem ser brandos, cefaleia, tontura, zumbido, ou graves, dispneia, dor precordial, coma e morte, podendo haver ou não lesão aguda de órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e vasos). Se os sintomas forem brandos e não acompanhados de lesão aguda de órgãos-alvo, a crise hipertensiva é definida como urgência hipertensiva. Entretanto, se os sintomas colocarem em risco a vida do paciente e estiver associado à lesão aguda de órgão-alvo, define-se como emergência hipertensiva. Na Urgência Hipertensiva os objetivos terapêuticos devem ser alcançados dentro de 24h, utilizando-se drogas por via oral para o tratamento.  Na emergência hipertensiva há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, a nível cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo, repercutindo em lesões vasculares, além disso, também podem estar associadas à Acidente Vascular Encefálico, ao Edema Agudo dos Pulmões, às Síndromes Isquêmicas Miocárdicas Agudas e à Dissecção Aguda da Aorta. Neste cenário, necessita-se de manejo imediato.

B) Correta -  Na emergência hipertensiva há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, a nível cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo, repercutindo em lesões vasculares. Podem estar associadas à Acidente Vascular Encefálico, ao Edema Agudo dos Pulmões, às Síndromes Isquêmicas Miocárdicas Agudas e à Dissecção Aguda da Aorta. Neste cenário, necessita-se de manejo imediato e encaminhamento da pessoa para o serviço de Urgência e Emergência. A redução da Pressão Arterial deve ser alcançada imediatamente com o uso de antihipertensivos intravenosos, retirando o paciente da situação de risco de morte e/ou lesão orgânica grave.

C) Correta - Pacientes que apresentam Urgência Hipertensiva são expostos a um maior risco futuro de eventos cardiovasculares quando comparados com hipertensos que não são acometidos pela crise hipertensiva, evidenciando-se, assim, o impacto da crise hipertensiva no risco cardiovascular de indivíduos hipertensos e confirmando a necessidade de controle adequado da Pressão Arterial. O princípio para o tratamento da crise hipertensiva difere na urgência e na emergência. O principal objetivo é fazer com que as lesões dos órgãos alvo sejam reversíveis. Na Urgência Hipertensiva os objetivos terapêuticos devem ser alcançados dentro de 24h, utilizando-se drogas por via oral para o tratamento.

D) Correta -  Na emergência hipertensiva há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, a nível cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo, repercutindo em lesões vasculares. A redução da Pressão Arterial em casos de emergência hipertensiva deve ser alcançada imediatamente com o uso de antihipertensivos intravenosos, retirando o paciente da situação de risco de morte e/ou lesão orgânica grave.

E) Correta - Nas emergências hipertensivas são utilizadas drogas por via endovenosa, de ação rápida a fim de evitar lesões em órgãos alvo. A redução da Pressão Arterial em casos de emergência hipertensiva deve ser alcançada imediatamente, retirando o paciente da situação de risco de morte e/ou lesão orgânica grave

Gabarito: Letra  A

A alternativa A está incorreta e, portanto, é a resposta correta para a pergunta que pede a alternativa "incorreta". A primeira parte da declaração é verdadeira: a crise hipertensiva pode causar danos a órgãos alvo como o coração. No entanto, a segunda parte da declaração é onde reside o erro. A crise hipertensiva é classificada por uma pressão arterial diastólica maior que 120mmHg, não uma diastólica entre 100 e 130mmHg como a questão sugere. Este valor está associado com o risco de desenvolvimento de complicações potencialmente fatais e requer intervenção médica imediata. Portanto, a alternativa A está errada porque apresenta um intervalo de pressão arterial diastólica incorreto para uma crise hipertensiva.

As diretrizes geralmente consideram a pressão arterial sistólica mais relevante em situações de crise hipertensiva. Uma pressão arterial sistólica superior a 180 mmHg ou uma pressão arterial diastólica superior a 120 mmHg é geralmente considerada uma crise hipertensiva. A alternativa A está errada