Diversos autores da área da educação concordam em dizer que ...

A alternativa correta é D - "a luta pela profissionalização do docente passa a ser não apenas uma luta de classes, mas também uma luta de gênero."

A questão aborda a relação entre a feminização do magistério e a desvalorização da profissão docente. Para resolver essa questão, é necessário compreender como a presença crescente das mulheres na profissão docente está associada a questões de gênero e de valorização profissional.

A alternativa D é correta porque reconhece que a luta pela valorização e profissionalização do magistério envolve também uma dimensão de gênero. A presença majoritária de mulheres na profissão docente não apenas trouxe à tona preconceitos e estereótipos de gênero, mas também afetou a percepção e a valorização social da profissão. Portanto, a busca por melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional deve considerar tanto a classe profissional quanto o gênero das pessoas envolvidas.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

A - "as mulheres tornam a profissão docente mais qualificada, exigente e rigorosa, como é próprio do gênero feminino." Esta alternativa está incorreta porque reforça estereótipos de gênero que não são baseados em evidências científicas. A qualificação, exigência e rigor na profissão não são inerentes ao gênero, mas sim às competências e habilidades profissionais de cada indivíduo.

B - "a feminização do magistério é irreal, pois há homens e mulheres atuando na área do magistério em todo o mundo." Embora haja homens e mulheres atuando no magistério, a alternativa ignora a realidade de que a profissão é majoritariamente composta por mulheres, especialmente na educação infantil e no ensino fundamental. A expressão "feminização do magistério" descreve precisamente essa predominância feminina.

C - "o magistério é uma profissão desvalorizada, independente do gênero envolvido no compromisso de ensinar." Esta alternativa está parcialmente correta, mas não aborda a questão da feminização e como ela influencia a desvalorização da profissão. A desvalorização não ocorre "independente do gênero"; a feminização do magistério está historicamente associada à sua desvalorização.

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