Há vários critérios de normalidade e anormalidade em psicop...
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A alternativa correta é a alternativa B.
Para resolver essa questão, é fundamental compreender os diferentes critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia. Esses critérios são utilizados para definir o que é considerado "normal" ou "anormal" em termos de saúde mental e podem variar de acordo com diferentes perspectivas filosóficas, ideológicas e pragmáticas.
Vamos analisar cada alternativa para esclarecer por que a alternativa B é a correta e quais são as falhas das outras opções:
A - Normalidade como ausência de doença: Este critério define a normalidade como a "ausência de sintomas, de sinais ou de doenças". Embora seja uma definição comum, ela é criticada por ser redundante e baseada em uma "definição negativa". Isso significa que a normalidade é definida pelo que ela não é, ao invés de pelo que ela é. Apesar dessas críticas, essa alternativa está correta, pois é uma descrição válida de um dos critérios utilizados em psicopatologia.
B - Normalidade como bem-estar: Aqui, a ênfase é na percepção subjetiva do indivíduo em relação ao seu estado de saúde. O problema com esse critério é que ele pode levar a uma falsa sensação de saúde. Por exemplo, pessoas em fase maníaca podem se sentir extremamente bem e felizes, mas na realidade apresentam um transtorno mental grave. Essa é a alternativa incorreta porque, ao focar exclusivamente no bem-estar subjetivo, pode-se negligenciar a presença de transtornos mentais significativos.
C - Normalidade funcional: Este critério se baseia em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. Um fenômeno é considerado patológico quando é disfuncional e causa sofrimento para o indivíduo ou para seu grupo social. Esse critério é amplamente aceito e está correto, pois considera a funcionalidade e o impacto do comportamento na vida do indivíduo.
D - Normalidade operacional: Trata-se de um critério assumidamente arbitrário com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e trabalha-se operacionalmente com esses conceitos. Essa alternativa também está correta, pois descreve um critério utilizado em certos contextos práticos e operacionais.
Portanto, a alternativa B é a incorreta porque se baseia exclusivamente na percepção subjetiva de bem-estar, o que pode ser enganoso e inadequado para identificar transtornos mentais graves.
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Comentários
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Letra B: conceito de normalidade subjetiva. Dalgalarrondo 2008
A letra B refere-se à Normalidade subjetiva. Aqui, é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca no transtorno bipolar, apresentam, de fato, um transtorno mental grave.
Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial da Saúde (WHO, 1946) definiu, em 1946, a saúde como o “completo bem-estar físico, mental e social”, e não simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticável por ser muito amplo e impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”.
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