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Q2315693 Pedagogia
A trajetória do debate envolvendo o ensino religioso na rede pública de ensino evidencia que, após deixar de ser a religião oficial do Estado, a Igreja Católica manteve a pressão por garantir sua presença oficial nas escolas e foi lenta e gradualmente recompondo suas bases de sustentação social, recuperando, inclusive, prerrogativas no interior do Estado brasileiro. Nesta perspectiva, a Igreja Católica se organizou para transformar a admissibilidade da disciplina, garantindo-a como um direito Constitucional. Esta estratégia de normatização da educação religiosa como disciplina oficial se intensificou após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Como decorrência, a CNBB, por intermédio do seu setor de ensino religioso, divulgou, logo em seguida, orientações aos bispos e coordenadores estaduais, objetivando acelerar o acompanhamento da elaboração das Constituições Estaduais e leis menores. Este processo gerou elementos e legislações específicas em cada estado, como é o caso do Rio de Janeiro.
(MENDONÇA, Amanda; SEPULVEDA, Denize; SEPULVEDA, José Antonio; Laicidade na Educação: políticas, conceitos e práticas. Londres: Novas Edições Acadêmicas, 2022. P. 51.)

Considerando a história do ensino religioso na lei brasileira, qual foi a única Constituição que não tratou explicitamente sobre o ensino religioso? 
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Alternativa Correta: B - 1891

A questão aborda o tema do ensino religioso na rede pública de ensino e sua evolução na legislação brasileira. É necessário compreender o contexto histórico das Constituições brasileiras e suas disposições sobre o ensino religioso para responder corretamente.

Justificativa da Alternativa Correta:

A Constituição de 1891 não tratou explicitamente sobre o ensino religioso. Esta Constituição foi promulgada após a Proclamação da República, que separou a Igreja do Estado, estabelecendo um Estado laico. Como resultado, a Constituição de 1891 não menciona o ensino religioso, refletindo a nova postura de laicidade do Estado brasileiro.

Explicação das Alternativas Incorretas:

A - 1824: A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, foi promulgada durante o período do Império e estabelecia a religião católica como a religião oficial do Estado. Consequentemente, o ensino religioso católico era obrigatório nas escolas.

C - 1934: A Constituição de 1934 incluía o ensino religioso como parte do currículo das escolas. Ela previa a oferta de ensino religioso nas escolas públicas, mas de forma facultativa, respeitando a liberdade de consciência e crença.

D - 1988: A Constituição de 1988, atualmente em vigor, também trata do ensino religioso. No Artigo 210, §1º, estabelece que o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Com essas explicações, fica claro que a Constituição de 1891 é a única que não menciona explicitamente o ensino religioso, refletindo a separação entre Igreja e Estado após a Proclamação da República. É importante conhecer a evolução histórica das Constituições brasileiras e suas disposições sobre o ensino religioso para entender o contexto atual da educação no país.

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Comentários

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Na Revolução Republicana de 1889 a laicidade foi levada a sério e o ensino religioso foi abolido da Constituição 1891

CF/88

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

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