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Q869055 Português

                        A razão do julgamento


      − Não quero que você me julgue! Quem é você pra me julgar?

      Frases como essas exprimem nossa reação ao valor que o outro nos atribuiu. O julgamento torna-se ofensivo, em certas circunstâncias, sobretudo quando não reconhecemos no próximo o direito de nos julgar. No entanto, não sabemos viver sem emitir um juízo a respeito de tudo. É preciso reconhecer a existência de uma área comum, onde os valores se definam e se equilibrem a partir de critérios claros e consensuais. Ninguém dirá a um juiz de direito “quem é o senhor para me julgar”: se estamos diante dele, é porque houve a necessidade de se recorrer às leis para se proferir um julgamento. É essa uma das garantias de que o nosso processo civilizatório tenha futuro e sentido.

                                                                             (Aníbal Tolentino, inédito

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Alternativas

Comentários

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Letra (b)

 

a) Errado.

 

b) Certo.

 

c) Errado. A fim, de cuja (errado)

 

d) Errado. Dispor-se

 

e) Errado. se abstenha

 

Gentileza informar em caso de erros.

ERROS

 

a) É comum que nos irritamos com o julgamento que provir do outro, uma vez que nos julgamos acima dele. IRRITEMOS

 b) Conquanto não nos furtemos a julgar os outros, irrita-nos a possibilidade de eles exercerem esse mesmo direito. GABARITO

 c) Afim de que o processo civilizatório obtenha sentido, o respeito às leis é uma condição de cuja não se pode abrir mão. A FIM DE

 d) Se alguém se dispor a ignorar a autoridade de um juiz, incorrerá literalmente em grave pena de desacato. SE DISPUSER

 e) Caso alguém se abstenhe de emitir juízos de valor, deixará ao outro a iniciativa de julgá-lo sem direito à réplicasSEM CRASE => PRONOME NO SINGULAR E PALAVRA NO PLURAL, CRASE NEM A PAU

 

"Não tenho medo da pessoa que treina 1000 chutes. Tenho medo da pessoa que treina 1000 vezes o mesmo chute" - BRUCE LEE

a) É comum que nos irritamos com o julgamento que provir do outro, uma vez que nos julgamos acima dele. 

Flexão verbal indevida. Correção: "É comum que nos irritemos..."

 

 

b) Conquanto não nos furtemos a julgar os outros, irrita-nos a possibilidade de eles exercerem esse mesmo direito. 

 Correto.

 

c) Afim de que o processo civilizatório obtenha sentido, o respeito às leis é uma condição de cuja não se pode abrir mão. 

 Confundiu-se a expressão "a fim de" com "afim de". A primeira é a correta, pois tem sentido de "com o objetivo de." Além disso, eclipsou-se o sentido da frase no excerto "[...] de cuja não se pode abrir mão." Correção: "A fim de que o processo..." e "[...] é uma condição de que não se pode abrir mão." 

 

d) Se alguém se dispor a ignorar a autoridade de um juiz, incorrerá literalmente em grave pena de desacato. 

Muita cautela e atenção com os verbos terminados em "-or", pois o futuro do conjuntivo e o pretérito imperfeito do conjuntivo deles são irregulares. Poderá identificar tais ocorrências ao verem palavras como "se" e "quando".  No caso dessa questão, manteve-se o infinitivo, mesmo havendo a obrigatoriedade de flexionar no pretérito imperfeito do conjuntivo, ou seja, "dispusesse". Correção: "Se alguém se dispusesse a ignorar..."

 

 

e) Caso alguém se abstenhe de emitir juízos de valor, deixará ao outro a iniciativa de julgá-lo sem direito à réplicas. 

Flexão ilegítiva do verbo "abster" e acento grave injustificável. Correção: "Caso alguém se abstenha" e "[...] sem direito a réplicas."

 

Letra B

Posso ter deixado de colocar algum erro das frases. Coloquei apenas os que encontrei primeiro e me fizeram excluir a alternativa. 

a) irritaRmos;

c) a fim;

d) dispuser;

e) abstenhA.

Flávia B,

 

Na letra A, o correto é IRRITEMOS.

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