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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2015 - TJ-RO - Médico Cardiologista |
Q781515 Medicina
Adolescente de 17 anos, iniciou há 3 dias um quadro de dor torácica que piorava com inspiração, dispneia aos esforços, palpitações e fadiga. Nega doenças prévias, porém, recentemente, apresentou sintomas virais, como febre baixa e mialgia generalizada. Como evoluiu com piora desses sintomas, foi levada para atendimento médico de urgência. Exame físico, com ritmo cardíaco irregular, bulhas normofonéticas e ausculta pulmonar com discretos estertores crepitantes bibasais. PA = 102 x 78 mmHg. FC = 129 bpm. FR = 29 irpm. Eletrocardiograma com ritmo sinusal e várias extrassístoles supraventriculares. Aumento da troponina sérica ao exame laboratorial. Realizado ecocardiograma que evidenciou hipocinesia difusa do ventrículo esquerdo, com disfunção sistólica global moderada. Diante desse quadro, foi levantada uma hipótese diagnóstica. O exame que mais auxiliaria na elucidação dessa hipótese é:
Alternativas

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O tema central da questão é o diagnóstico diferencial de uma condição cardíaca em um adolescente que apresenta sintomas sugestivos de miocardite, pós-infecção viral. Para resolver essa questão, é necessário compreender como os exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico de condições cardíacas específicas.

A alternativa correta é a Alternativa C: ressonância magnética cardíaca.

Justificativa da alternativa correta:

A ressonância magnética cardíaca é um exame de imagem avançado que fornece detalhadas informações sobre a estrutura e a função do coração. É especialmente útil para detectar inflamação do miocárdio, que é característica da miocardite. Neste caso, a ressonância pode identificar edema, realce tardio com gadolínio e outros sinais de inflamação, que são fundamentais para confirmar o diagnóstico suspeito de miocardite.

Análise das alternativas incorretas:

A - arteriografia pulmonar: Este exame é utilizado principalmente para diagnosticar embolia pulmonar, que não é sugerida pelo quadro clínico apresentado pelo paciente.

B - teste ergométrico: Este exame é usado para avaliar doença arterial coronariana através de um teste de esforço físico. Não é adequado para diagnosticar miocardite, pois não fornece informações sobre a inflamação do miocárdio.

D - ecocardiograma transesofágico: Embora o ecocardiograma ofereça boas informações sobre a função cardíaca, o transesofágico é mais indicado para visualizar estruturas internas do coração, como válvulas, e não é o exame de escolha para detecção de miocardite.

E - tomografia computadorizada de tórax: Este exame é mais útil para avaliar estruturas pulmonares e não fornece detalhes sobre a inflamação do miocárdio como a ressonância magnética cardíaca.

Compreender a função de cada um desses exames é crucial para escolher a abordagem diagnóstica mais apropriada para cada condição clínica.

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O exame que mais auxiliaria na elucidação da hipótese diagnóstica é a ressonância magnética cardíaca (alternativa C). A hipocinesia difusa do ventrículo esquerdo com disfunção sistólica global moderada, evidenciada pelo ecocardiograma, sugere um quadro de miocardite. A ressonância magnética cardíaca é o exame mais sensível para identificar alterações miocárdicas na miocardite, permitindo avaliar com mais precisão a extensão e a localização das lesões no coração, bem como avaliar a função ventricular. Os demais exames listados podem ser úteis em outras situações clínicas, mas a ressonância magnética cardíaca é o exame mais indicado para o caso apresentado.

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