Com relação às medidas protetivas de urgência e equipe de at...
Gabarito comentado
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Alternativa correta: D
1. Tema central da questão:
A questão aborda o tema das medidas protetivas de urgência e a atuação da equipe multidisciplinar nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com base na Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha. Essa legislação é fundamental para a proteção dos direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
2. Resumo teórico:
A Lei Maria da Penha estabelece mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Dentre eles, há as medidas protetivas de urgência, que são ações determinadas pelo juiz para resguardar a integridade física, psicológica, e patrimonial da vítima. O juiz deve decidir sobre essas medidas em até 48 horas após o recebimento do pedido, como estipulado no Art. 19.
Além disso, a lei prevê a atuação de uma equipe multidisciplinar para apoiar a vítima e fornecer informações ao juiz e ao Ministério Público que possam ser relevantes para o processo.
3. Justificativa da alternativa correta (D):
A alternativa D é correta porque está em conformidade com o artigo 18, inciso I, da Lei Maria da Penha. Esse dispositivo legal realmente determina que, após o recebimento do pedido de medidas protetivas, o juiz tem 48 horas para decidir, bem como para encaminhar a vítima ao órgão de assistência judiciária, se necessário, e comunicar o Ministério Público.
4. Análise das alternativas incorretas:
A: Esta alternativa está incorreta porque, embora o juiz possa determinar a suspensão de procurações, a decisão deve ser formalizada e comunicada através dos canais oficiais, e não depende da vítima levá-la ao cartório.
B: A alternativa está incorreta porque não há vedação legal para que a equipe multidisciplinar forneça informações durante a audiência. Na verdade, a equipe pode precisar fornecer informações sempre que necessário para o auxílio do juiz e do Ministério Público.
C: Esta alternativa está errada ao mencionar "ouvido o ofendido". A legislação fala em proteger a ofendida e seus familiares, mas não exige ouvir o "ofendido" (o agressor, neste contexto) antes de rever medidas protetivas.
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a) o juiz poderá determinar a suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor, para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, devendo a ofendida levar a decisão ao cartório para que se produza os efeitos.
Art 24 III e parágrafo unico Deverá o juiz oficiar ao cartório competente
b)é competência da equipe multidisciplinar o desenvolvimento de trabalhos de orientação voltados para a ofendida, bem como o fornecimento de subsídios e orientações ao Juiz e ao Ministério Público mediante laudos, desde que anteriores à audiência, sendo vedado o fornecimento de informações durante a sua realização.
c)poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o ofendido. (O Ministério Publico) art 18 parágrafo 3 º
d) Gabarito - art 18, II e III
De acordo com a Lei nº 11.340/06:
A)Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo
B)Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar.
C) Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
D)Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
D
art.18 Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público
GAB: LETRA D
Complementando!
Fonte: Prof. Ricardo Torques
A alternativa A está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 24, III, da Lei Maria da Penha:
- Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
- III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
- De acordo com o parágrafo único, do art. 24, o juiz é quem deverá oficiar ao cartório competente.
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 30, da referida Lei, compete à equipe de atendimento multidisciplinar, mediante laudos ou verbalmente em audiência, desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas.
- Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.
A alternativa C está incorreta, nos termos o §3º, do art. 19, da Lei nº 11.340/06:
- § 3 o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 18, da referida Lei:
- Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
- I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
- II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
- III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
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