Considerando os documentos oficiais que orientam a Educação...

A alternativa correta é a A, que menciona a forma como as crianças, independentemente de suas origens sociais, interagem com a linguagem escrita antes mesmo de entrarem na educação formal. Magda Soares, uma referência na área de alfabetização, destaca que o contato das crianças com a leitura e a escrita é uma realidade cotidiana, o que torna a discussão sobre a adequação da idade para início da alfabetização uma "falsa polêmica".

Por que a alternativa A está correta? A especialista aponta que as crianças estão imersas em um mundo letrado muito antes da chegada ao Ensino Fundamental ou mesmo à Educação Infantil. Portanto, elas já convivem com a escrita em diversos contextos, como em casa, na rua, na mídia, etc. Essa convivência natural com a língua escrita é parte do processo de alfabetização e deve ser reconhecida como tal, independentemente da classe social a que pertençam.

É importante entender que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e a Base Nacional Comum Curricular estabelecem orientações para que as práticas pedagógicas respeitem as fases de desenvolvimento da criança, e a Política Nacional de Alfabetização busca estabelecer parâmetros para o processo de alfabetização. Contudo, a ideia de Magda Soares é que a mera exposição à linguagem escrita não deve ser postergada até uma determinada idade, e sim vista como parte integrante do desenvolvimento infantil desde cedo.

O entendimento correto dessa alternativa e a resolução dessa questão envolvem o conhecimento da evolução das políticas de educação infantil e de alfabetização no Brasil, bem como das teorias e práticas pedagógicas que sustentam a inserção da criança no mundo letrado.