Senhores, eu respeito muito o honrado presidente do Consel...

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Q2565206 Redação Oficial
Senhores, eu respeito muito o honrado presidente do Conselho; mas estamos em posições tão afastadas, achamo-nos, por assim dizer, nos dois polos do espírito humano, divergimos tão radicalmente sobre o que deva ser a política liberal, que, forçosamente, dirijo-me sempre a S.Exa. Na interpelação feita este ano pelo nobre deputado por Sergipe, o Sr. Monte, então membro da Oposição, o nobre presidente do Conselho, respondendo (já não é o discurso do Senado de 1869), disse que era inimigo das universidades. Mas, senhores, as universidades estão na Constituição, e o honrado presidente do Conselho não pode dizer que é inimigo da Constituição!
(Fonte: NABUCO, Joaquim. — Adaptado.)

O texto acima é um trecho de um discurso proferido na tribuna do Parlamento brasileiro pelo político, embaixador e intelectual pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910). Sobre o trecho, analisar os itens.

I. No discurso de Nabuco, o trecho “divergimos tão radicalmente sobre o que deva ser a política liberal, que, forçosamente, dirijo-me sempre a S.Exa.” destoa do tipo de registro verificado na maioria dos discursos políticos.
II. Um discurso falado, sem a leitura de um texto escrito, na tribuna do Parlamento, por fazer parte do registro oral, é intrinsecamente informal.
III. Um discurso escrito lido na tribuna do Parlamento pode, a depender do objetivo comunicativo, conter características da linguagem coloquial, sobretudo para o convencimento ou adesão do ponto de vista do orador perante o seu interlocutor.
IV. O grau de maior formalidade de um discurso parlamentar não está necessariamente vinculado ao uso da língua escrita, pois a fala, neste caso um discurso parlamentar exclusivamente oral, sem o suporte de texto escrito, também pode sofrer diferentes níveis de monitoramento por parte do falante.

Está CORRETO o que se afirma:
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