Considerando-se a relação de dependência que se estabelece ...

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Corrupção: um desafio do mundo globalizado


     Desde nossos ancestrais aos líderes modernos, a corrupção é um desafio para toda a humanidade, uma vez que esse termo sempre esteve presente na ação cotidiana dos seres humanos.

       De acordo com relatos e escritos, a corrupção existe, desde antes, mesmo, da dinastia egípcia e ainda persiste em quase todos os países do mundo, até hoje. Nota-se que a corrupção pode ser tão antiga quanto a história humana.

    A Primeira Dinastia (3100-2700 a.C.) do antigo Egito observou corrupção em seu judiciário e no enriquecimento de alguns Faraós que exploravam a mão de obra de indivíduos com menos recursos financeiros. A prática corruptiva também era encontrada na China antiga, na Macedônia, emChipre e em muitas outras regiões.

      Olhando através da história, a corrupção parece inevitável.

    Batalhas foram travadas pela disputa de poder. Há registro, nos livros de histórias, de que atos de corrupção facilitaram a ascensão de impérios e governantes, muito antes do marco zero de nossa contagem temporal. Desde a origem da humanidade, sociedades foram dizimadas pelos efeitos vorazes das artimanhas, com a finalidade de obtenção de vantagens ilegais e ilícitas.

    Por intermédio de procedimentos de “boa governança”, entes públicos e privados, ao redor do planeta, estão criando ferramentas para conter a corrupção, de maneira prioritária. Estão sendo implementados programas anticorrupção específicos para ajudar os governos a resolver seus problemas internos de desvirtuamento dos procedimentos humanos. Além disso, várias agências bilaterais de desenvolvimento têm colocado esforços anticorrupção no topo de suas políticas e procedimentos.

     Verifica-se que muitos cidadãos reclamam e questionam a postura de políticos e de membros da alta gestão de nosso país; porém, quando têm a oportunidade, essas mesmas pessoas deixam de emitir notas fiscais; esquivam-se dos pagamentos de tributos; não declaram seu imposto de renda com fidedignidade; tentam subornar agentes públicos para evitar multas; falsificam carteirinha de estudante; adulteram atestados médicos; furam fila; acessam TV a cabo, sem realizar o contrato com a operadora (apropriação indevida de sinal); registram o ponto no trabalho de maneira irregular e/ou pelo colega, entre várias outras atitudes que, mesmo simbólicas ou pequenas, prejudicam, ao longo passo, toda a sociedade.

      O combate à corrupção, portanto, deve ser acompanhado do fortalecimento do Estado de Direito, da boa governança e da construção de instituições fortes que, por sua vez, serão a base e o alicerce para o desenvolvimento sustentável de todo o mundo.

     Atitudes corruptas não são meros pormenores ou detalhes. Muito pelo contrário, são desvios que causam impactos severos, inclusive, na moral social, concernindo na vida das pessoas. É necessário ultrapassar os regulamentos, assanções e as punições.

     Cada indivíduo de nosso mundo, cada brasileiro, é chamado, todos os dias, a respeitar e cumprir com seus deveres, o que nem sempre é fácil, especialmente, em tempos difíceis e diante de tantos dilemas a serem faceados. Assim, o desafio cotidiano e diário do combate à corrupção está na mudança positiva, na metamorfose assertiva de condutas, costumes, culturas e comportamentos de cada um de nós.

(Elise Eleonore de Brites. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/ coluna/governan%C3%A7a-uma-boa-pratica/379136/corrupcao-umdesafio-do-mundo-globalizado. Acesso em: 28/12/2022. Adaptado.)

Considerando-se a relação de dependência que se estabelece entre duas palavras de uma mesma oração em “Assim, o desafio cotidiano e diário do combate à corrupção [...]” (10º§), pode-se afirmar que:
Alternativas

Comentários

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A-errada A regência verbal, nesse caso, exige o emprego da preposição “a” que se associa ao artigo feminino “a”.

Não é regência verbal , mas, sim, nominal.

" do combate à corrupção"

De+O =do , esse O antes de combate, indica que combate é substantivo, logo é regência nominal e não verbal.

B-correta- A obrigatoriedade do acento grave, indicador de crase, ocorre – também – em decorrência da relação indicada no enunciado.

Considerando-se a relação de dependência que se estabelece entre duas palavras de uma mesma oração

C-errada- Caso o vocábulo “corrupção” já tivesse sido introduzido no texto e fosse, nesse trecho, substituído por “ela”, teríamos a expressão “à ela”.

Não há crase antes de pronomes do caso reto.

D-errada- Havendo substituição incondicional do vocábulo regido “corrupção” a preposição que o antecede será preservada assim como a obrigatoriedade do acento grave.

incondicional nesse caso é o mesmo que substituir por qualquer palavra , mas a crase tem exceções, a exemplo palavras masculinas, pronomes do caso reto e etc...

concordância nominal, como no enunciado diz " relação de dependência que se estabelece entre duas palavras ",

como não temos nenhum alternativa trazendo isso e essa nos remete ao enunciado, temos a resposta.

questão boa

"à corrupção": complemento nominal

Achei difícil essa...

Vamos analisar a frase:

“Assim, o desafio cotidiano e diário do combate à corrupção [...]” 

Temos um caso de regência nominal. Combate a + palavra feminina.

Vamos agora as alternativas:

A) A regência verbal, nesse caso, exige o emprego da preposição “a” que se associa ao artigo feminino “a”.

R: Não é regência verbal e sim nominal.

B) A obrigatoriedade do acento grave, indicador de crase, ocorre – também – em decorrência da relação indicada no enunciado.

R: Correta, existe uma relação de dependência entre as duas palavras.

C) Caso o vocábulo “corrupção” já tivesse sido introduzido no texto e fosse, nesse trecho, substituído por “ela”, teríamos a expressão “à ela”.

R: Não se usa crase com pronome pessoal reto.

D) Havendo substituição incondicional do vocábulo regido “corrupção” a preposição que o antecede será preservada assim como a obrigatoriedade do acento grave.

R: Não. Se substituir a palavra corrupção por uma palavra masculina não teremos a crase.

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