Cefaleias são queixas frequentes na rotina de atendimento de...
Cefaleias são queixas frequentes na rotina de atendimento de um médico de família e comunidade e que preocupam sobremaneira os pacientes que as têm, principalmente quando estas apresentam-se clinicamente de forma recorrente e intensa. Muitos pacientes demandam exames complementares complexos para afastar hipótese de doença grave. Nesses casos, o médico de família e comunidade deve
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A alternativa correta é: C - avaliar sinais neurológicos focais para definição de conduta.
Vamos entender melhor o que a questão aborda. As cefaleias são sintomas comuns na prática clínica, frequentemente causando preocupação significativa nos pacientes, especialmente quando são recorrentes e intensas. Diante dessa situação, o médico de família e comunidade deve tomar uma decisão baseada no quadro clínico apresentado pelo paciente.
A abordagem correta envolve a avaliação de sinais neurológicos focais. Isso é essencial para identificar qualquer indicação de uma condição mais séria que possa necessitar de uma investigação mais aprofundada ou de um encaminhamento para um especialista. Os sinais neurológicos focais podem incluir déficits motores, alterações sensoriais específicas, ou outras manifestações que sugerem uma patologia neurológica subjacente.
Agora, vamos analisar cada uma das alternativas para entender por que as outras estão incorretas:
Alternativa A: Encaminhar para o neurologista para adequada investigação diagnóstica.
Embora encaminhar para um neurologista possa ser necessário em alguns casos, não é a primeira abordagem recomendada. Antes de fazer isso, o médico de família deve realizar uma avaliação inicial detalhada, incluindo a busca por sinais neurológicos focais. Somente se esses sinais estiverem presentes ou se a cefaleia não responder ao tratamento inicial, o encaminhamento seria justificado.
Alternativa B: Solicitar exames de imagem para tranquilizar o paciente.
Solicitar exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, apenas para tranquilizar o paciente não é uma prática adequada. Esses exames devem ser reservados para casos onde há indicação clínica, como a presença de sinais neurológicos focais ou outras bandeiras vermelhas que sugiram uma patologia grave. A realização de exames desnecessários pode aumentar os custos e a ansiedade do paciente, além de expô-lo a riscos desnecessários.
Alternativa D: Direcionar para um serviço de pronto atendimento pelo risco de gravidade.
Encaminhar diretamente para um serviço de pronto atendimento só é necessário se o paciente apresentar sinais de gravidade imediata, como alteração do nível de consciência, convulsões, ou outros sinais de emergência médica. Para cefaleias recorrentes e intensas sem sinais de emergência ou neurológicos focais, essa abordagem não é adequada.
Portanto, a abordagem mais adequada é a contida na alternativa C, que envolve uma avaliação clínica inicial criteriosa para identificar quaisquer sinais que possam indicar uma condição mais séria, orientando assim a conduta subsequente.
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