No gerenciamento de crises, há alguns casos em que o assesso...
No gerenciamento de crises, há alguns casos em que o assessorado realmente deve ser aconselhado a não prestar declarações à imprensa.
Nesse sentido, considere as afirmativas a seguir.
I. O enfoque da reportagem, apesar de conter informações verdadeiras, é desfavorável à empresa ou ao órgão público.
II. Quando o assunto a ser abordado interessa à concorrência. Falar sobre ele implicaria fornecer dados que outras empresas não costumam fornecer ao mercado, como forma de proteger suas atividades e seus negócios.
III. Nos casos em que a empresa é multada ou punida por algum órgão fiscalizador (como agências reguladoras), mas a notificação legal ainda não foi entregue.
IV. Quando há fatos envolvendo decisões da Justiça: o máximo que a organização tem a dizer é se vai ou não recorrer. Em tese, não há como contestar tais decisões fora da instância jurídica.
Assinale a alternativa correta.
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GABARITO: LETRA E
É algo abominável "colocar o assessorado para viajar" quando surge uma pergunta inconveniente ou um assunto sobre o qual o assessorado não deva se pronunciar. O jornalista não pode ser tratado como um ser desprovido de inteligência. O melhor que você tem a fazer, nesses casos, é dizer claramente que o assessorado não vai se pronunciar, e explicar os motivos dessa decisão. Eis alguns dos casos mais comuns registrados pelas assessorias quando encontram resistência dos clientes para falar com jornalistas:
• O assunto a ser abordado interessa à concorrência. Falar sobre ele implicaria fornecer dados que outras empresas não costumam fornecer ao mercado, como forma de proteger suas atividades e negócios.
•A empresa é multada ou punida por algum órgão fiscalizador (como agências reguladoras), mas a notificação legal ainda não foi entregue.
• Fatos envolvendo decisões da Justiça: o máximo que a organização tem a dizer é se vai ou não recorrer. Em tese, não há como contestar tais decisões fora da instância jurídica.
• No caso de empresas de capital aberto, com ações negociadas em bolsa, muitas das informações solicitadas precisam antes chegar ao conhecimento dos órgãos reguladores, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
• Operações de fusão e aquisição: as agências mundiais de relações públicas têm uma resposta padrão. Segundo elas, quando questionadas sobre a veracidade de um boato sobre grandes negócios em andamento, as empresas deveriam limitar-se a dizer "não confirmamos nem desmentimos fatos procedentes dessa natureza". Na realidade, trata-se de "jogo de cintura". Afinal, você não pode tirar o mérito do repórter de ter obtido a informação de uma fonte antes do fato se tornar público. Por outro lado, seu assessorado não deve abordar uma negociação que ainda não foi concluída.
Livro: Assessoria de imprensa: como se relacionar com a mídia. Maristela Mafei. 4.ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012.
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