No gerenciamento de crises, há alguns casos em que o assesso...

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Q1169791 Jornalismo

No gerenciamento de crises, há alguns casos em que o assessorado realmente deve ser aconselhado a não prestar declarações à imprensa.


Nesse sentido, considere as afirmativas a seguir.

I. O enfoque da reportagem, apesar de conter informações verdadeiras, é desfavorável à empresa ou ao órgão público.

II. Quando o assunto a ser abordado interessa à concorrência. Falar sobre ele implicaria fornecer dados que outras empresas não costumam fornecer ao mercado, como forma de proteger suas atividades e seus negócios.

III. Nos casos em que a empresa é multada ou punida por algum órgão fiscalizador (como agências reguladoras), mas a notificação legal ainda não foi entregue.

IV. Quando há fatos envolvendo decisões da Justiça: o máximo que a organização tem a dizer é se vai ou não recorrer. Em tese, não há como contestar tais decisões fora da instância jurídica.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas

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O tema central da questão é gerenciamento de crises em assessoria de comunicação. Esse tema envolve estratégias que assessores usam para proteger a imagem de seus assessorados em situações delicadas. É crucial entender quando é apropriado ou necessário não responder à imprensa para evitar danos à reputação ou comprometer informações sensíveis. Para resolver essa questão, é preciso ter conhecimento sobre práticas comuns de comunicação em situações de crise e a habilidade de avaliar cenários que justifiquem o silêncio estratégico.

Alternativa Correta: E - Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Justificativa:

Afirmativa I: O enfoque desfavorável à empresa não é, por si só, uma razão suficiente para não prestar declarações. Na verdade, em muitos casos, oferecer uma visão ou contexto adicional pode ajudar a mitigar o impacto negativo. Portanto, essa afirmativa está incorreta.

Afirmativa II: Quando informações sensíveis que interessam à concorrência estão em jogo, faz sentido não fazer declarações, pois isso pode comprometer a posição da organização no mercado. Esta afirmativa está correta.

Afirmativa III: Em situações onde a empresa é multada, mas a notificação ainda não foi formalmente entregue, é prudente não fazer declarações até que todos os detalhes legais sejam confirmados. Assim, esta afirmativa é correta.

Afirmativa IV: Em casos que envolvem decisões judiciais, a empresa geralmente tem pouco a acrescentar além de informar se vai ou não recorrer. Não se deve contestar publicamente decisões judiciais fora dos tribunais, tornando esta afirmativa correta.

Por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: Somente I e II são consideradas, mas I está incorreta.

Alternativa B: Somente I e IV são consideradas, mas I está incorreta.

Alternativa C: Somente III e IV são consideradas, mas II também é correta.

Alternativa D: Somente I, II e III são consideradas, mas I está incorreta.

Compreender essas nuances ajuda a tomar decisões mais estratégicas e eficazes em comunicação na gestão de crises.

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GABARITO: LETRA E

 É algo abominável "colocar o assessorado para viajar" quando surge uma pergunta inconveniente ou um assunto sobre o qual o assessorado não deva se pronunciar. O jornalista não pode ser tratado como um ser desprovido de inteligência. O melhor que você tem a fazer, nesses casos, é dizer claramente que o assessorado não vai se pronunciar, e explicar os motivos dessa decisão. Eis alguns dos casos mais comuns registrados pelas assessorias quando encontram resistência dos clientes para falar com jornalistas:

• O assunto a ser abordado interessa à concorrência. Falar sobre ele implicaria fornecer dados que outras empresas não costumam fornecer ao mercado, como forma de proteger suas atividades e negócios.

•A empresa é multada ou punida por algum órgão fiscalizador (como agências reguladoras), mas a notificação legal ainda não foi entregue.

• Fatos envolvendo decisões da Justiça: o máximo que a organização tem a dizer é se vai ou não recorrer. Em tese, não há como contestar tais decisões fora da instância jurídica.

• No caso de empresas de capital aberto, com ações negociadas em bolsa, muitas das informações solicitadas precisam antes chegar ao conhecimento dos órgãos reguladores, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

• Operações de fusão e aquisição: as agências mundiais de relações públicas têm uma resposta padrão. Segundo elas, quando questionadas sobre a veracidade de um boato sobre grandes negócios em andamento, as empresas deveriam limitar-se a dizer "não confirmamos nem desmentimos fatos procedentes dessa natureza". Na realidade, trata-se de "jogo de cintura". Afinal, você não pode tirar o mérito do repórter de ter obtido a informação de uma fonte antes do fato se tornar público. Por outro lado, seu assessorado não deve abordar uma negociação que ainda não foi concluída.

Livro: Assessoria de imprensa: como se relacionar com a mídia. Maristela Mafei. 4.ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012. 

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