O uso dos jardins verticais como elemento funcional e de co...

A alternativa correta é a D - Art Noveau.

O Art Noveau foi um movimento artístico e arquitetônico que surgiu no final do século XIX e início do século XX. Ele é conhecido por suas formas orgânicas, linhas sinuosas e pela integração de elementos naturais em sua estética, incluindo o uso de plantas e jardins verticais. Essa abordagem buscava criar uma harmonia entre a arquitetura e a natureza, algo que se reflete claramente no uso de jardins verticais como uma extensão natural dos edifícios.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Modernista: O movimento modernista, que ganhou força no início do século XX, enfatizava a funcionalidade, linhas retas e a rejeição de ornamentos. Embora tenha inovado em muitos aspectos da arquitetura, não foi pioneiro no uso de jardins verticais como elemento funcional e de composição arquitetônica.

B - Contemporâneo: O termo contemporâneo refere-se à arquitetura atual, que, de fato, faz uso extensivo de jardins verticais. No entanto, o movimento em questão não é a origem desta prática, mas sim uma evolução e popularização do conceito que foi introduzido antes.

C - Bauhaus: A escola Bauhaus, que operou na Alemanha entre 1919 e 1933, focava-se na combinação de arte, artesanato e tecnologia. Seus princípios eram a simplicidade e a funcionalidade, e não contemplavam a inclusão de jardins verticais como parte de sua estética e funcionalidade arquitetônica.

E - Clássico: A arquitetura clássica, que inclui estilos como o grego e o romano, priorizava a simetria, proporções e o uso de colunas. Este movimento é bem anterior ao conceito de jardins verticais e não estava preocupado com a integração da natureza na arquitetura da maneira como o Art Noveau estava.

Portanto, é o Art Noveau que faz a conexão entre a natureza e arquitetura, introduzindo o uso dos jardins verticais como uma prática arquitetônica inovadora que visava integrar os edifícios ao ambiente natural de forma harmoniosa.

A questão foi aparentemente inspirada num artigo do Vitruvius:

"Já o uso dos jardins verticais como elemento funcional e de composição arquitetônica surgiu com o movimento Art Noveau, no início do século 20..."

"Arquitetura e paisagismo vertical Alternativa estética e de qualificação ambiental. Minéia Scherer and Beatriz Maria Fedrizzi" https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.188/5907, acessado em 2 de agosto de 2023.

De acordo com as autoras Minéria Scherer e Beatriz Maria Fedrizzi no artigo "Arquitetura e paisagismo vertical Alternativa estética e de qualificação ambiental " de 2016:

A origem dos jardins verticais ou das fachadas cobertas de plantas não pode ser datada de forma precisa. Pode-se supor que eles apareceram quando as pessoas começaram a se estabelecer em habitações permanentes.

A forma mais primitiva de jardim vertical planejado pelo homem, que se tem notícia, data do século 3 a. C. na região do Mediterrâneo, com o cultivo de videiras em treliças apoiadas nas paredes.

De acordo com Nigel DUNNETT e Noël KINGSBURY no livro "Planting Green Roofs and Living Walls", o uso dos jardins verticais como elemento funcional e de composição arquitetônica surgiu com o movimento Art Noveau, no início do século 20. Nesta época, o uso de pérgulas e outras estruturas semelhantes para apoio de plantas trepadeiras já era comum em jardins e parques de todo o mundo, mas foi somente na Alemanha, e de certa forma na França, que as fachadas verdes foram efetivamente incorporadas nas edificações. Ainda, outro movimento que incentivou seu uso como componente arquitetônico iniciou em 1920 na Inglaterra e Estados Unidos. Chamado cidade-jardim, visava promover a integração entre a casa e o jardim, com o uso de plantas trepadeiras autoaderentes nas paredes, ou apoiadas em pérgulas e treliças.

LETRA D