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Q2541290 Medicina
A avaliação primária ao paciente politraumatizado é baseada no protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS), que nos traz uma abordagem clara, simples e organizada, é necessária ao lidar com um paciente gravemente ferido. O ATLS se baseia em três princípios básicos:
I. Tratar primeiro a maior ameaça à vida. II. A falta de diagnóstico definitivo nunca deve impedir a aplicação do tratamento indicado. III. A história detalhada não é essencial para iniciar a avaliação do traumatizado.
A avaliação primária busca a identificação e intervenção das condições que mais rápido levarão à morte. O mnemônico ABCDE define as avaliações e intervenções específicas e organizadas que devem ser seguidas em todos os doentes vítimas de politraumatismo.
Identifique as características da avaliação C do referido protocolo.
Alternativas

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A alternativa correta é: D - Verificar a circulação e se a pessoa tem traumas no abdômen, hemorragia externa, fratura de bacia, lesões nas extremidades, choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, e tratar essas condições.

Vamos entender o porquê dessa escolha e analisar as outras alternativas incorretas.

A questão aborda o protocolo ATLS (Advanced Trauma Life Support), que é uma abordagem sistemática para a avaliação e manejo inicial de pacientes politraumatizados. Esse protocolo é primordial em situações de emergência porque ajuda a priorizar as intervenções que salvam vidas.

No protocolo ATLS, utiliza-se o mnemônico ABCDE para organizar e seguir um fluxo lógico de ações. Cada letra corresponde a um passo específico da avaliação:

  • A (Airway): Via aérea e controle da coluna cervical
  • B (Breathing): Respiração e ventilação
  • C (Circulation): Circulação com controle de hemorragias
  • D (Disability): Avaliação neurológica
  • E (Exposure): Exposição e controle do ambiente

A pergunta é sobre o passo C (Circulation) do protocolo ATLS. Vamos analisar as alternativas:

Alternativa A: "Avaliar a respiração, identificar e tratar lesões no tórax, como pneumotórax, hemotórax ou tórax instável. Se necessário oferecer oxigênio."

Esta alternativa descreve a fase B (Breathing) do protocolo, que é focada na avaliação e tratamento de problemas respiratórios e ventilatórios.

Alternativa B: "Verificar a respiração e se a pessoa tem traumas na cabeça e tratar essa condição."

A alternativa mistura conceitos de duas fases: B (Breathing) e D (Disability). A parte sobre respiração é de "B", enquanto traumas na cabeça se relacionam mais com "D" (avaliação neurológica).

Alternativa C: "Verificar o nível de consciência da pessoa através da escala de Glasgow. Geralmente, nível de consciência reduzido, indica traumatismo cranioencefálico."

Este é um componente da fase D (Disability), que lida com a avaliação neurológica, incluindo o uso da escala de coma de Glasgow para determinar o nível de consciência.

Alternativa D: "Verificar a circulação e se a pessoa tem traumas no abdômen, hemorragia externa, fratura de bacia, lesões nas extremidades, choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, e tratar essas condições."

Essa alternativa está correta porque descreve precisamente a fase C (Circulation), que é dedicada à avaliação e tratamento de problemas circulatórios e controle de hemorragias. Envolve verificar sinais vitais, controlar sangramentos, e avaliar a perfusão de órgãos e tecidos.

Alternativa E: "Desobstruir vias aéreas e colocar o colar cervical."

Essa alternativa descreve a fase A (Airway) do protocolo, que se concentra na desobstrução das vias aéreas e estabilização da coluna cervical.

Portanto, a alternativa D é a escolha correta ao descrever as características da avaliação de circulação no protocolo ATLS.

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A avaliação C do protocolo ATLS (Advanced Trauma Life Support) refere-se à circulação, que inclui a verificação de hemorragias e a estabilização de condições circulatórias que podem levar rapidamente à morte. Este passo é crucial porque uma falha circulatória pode ser fatal em poucos minutos. Assim, durante a avaliação C, verifica-se se o paciente tem hemorragias externas, traumas no abdômen, fraturas de bacia, lesões nas extremidades ou sinais de choque (hipovolêmico ou cardiogênico). A intervenção imediata para controlar hemorragias e estabilizar a circulação é essencial. Portanto, a alternativa correta é a D, que descreve precisamente essas ações. As outras alternativas referem-se a etapas diferentes da avaliação primária do ATLS: A e B estão relacionadas à respiração (etapa B), C à resposta neurológica (etapa D), e E à desobstrução das vias aéreas (etapa A).

A alternativa correta é a D: Verificar a circulação e se a pessoa tem traumas no abdômen, hemorragia externa, fratura de bacia, lesões nas extremidades, choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, e tratar essas condições.

Por que a alternativa D está correta?

A letra "C" do protocolo ATLS, Circulação, tem como objetivo identificar e tratar as causas de choque e hemorragia, que são as principais ameaças à vida após a garantia da via aérea e da respiração.

Nessa etapa, busca-se:

  • Controlar a hemorragia: Identificar e controlar qualquer sangramento ativo, seja interno ou externo.
  • Avaliar o volume circulante: Verificar sinais de choque hipovolêmico, como hipotensão, taquicardia, pele fria e pegajosa.
  • Identificar causas de choque: Além da hemorragia, outras causas de choque, como tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e embolia pulmonar, devem ser consideradas.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

  • A: Avaliação da respiração: Corresponde à letra "B" do protocolo ATLS.
  • B: Verificar a respiração e se a pessoa tem traumas na cabeça: Embora a avaliação neurológica seja importante, ela é realizada na etapa "D" do protocolo.
  • C: Verificar o nível de consciência da pessoa através da escala de Glasgow: Essa avaliação faz parte da etapa "D" (Disfunção Neurológica).
  • E: Desobstruir vias aéreas e colocar o colar cervical: Corresponde à etapa "A" (Via Aérea).

A etapa "C" do protocolo ATLS é fundamental para identificar e tratar as causas de choque, que são uma das principais ameaças à vida do paciente politraumatizado. Ao controlar a hemorragia e restaurar o volume circulante, aumenta-se significativamente as chances de sobrevivência do paciente.

Lembre-se: O protocolo ATLS é uma ferramenta dinâmica e deve ser adaptado a cada situação clínica. A avaliação primária deve ser realizada de forma rápida e eficiente, mas sem descuidar de nenhum detalhe.

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