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Q901314 Medicina Legal

Acerca de medicina legal, julgue o item a seguir.


Caso, em uma necropsia, não seja encontrada nenhuma fratura craniana, é correto excluir a ocorrência de traumatismo cranioencefálico.

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 “Na cabeça, deverão merecer atenção a cor, a distribuição, a forma e algumas particularidades dos cabelos. Também a presença de deformidades, ferimentos e aspecto do couro cabeludo, dando-se maior destaque e exatidão às lesões violentas encontradas, não apenas relatando-se minuciosamente todas as suas características, como também situando-as precisamente nas regiões anatômicas convencionais. Rebatem-se para diante e para trás os retalhos do couro cabeludo, anotando-se principalmente as infiltrações hemorrágicas da tela subcutânea e da musculatura temporal. Em seguida, inicia-se a retirada do periósteo da calvaria, desinserindo-se e rebatendo os músculos temporais, assinalando-se, logo após, a situação da face externa do crânio, descrevendo-se as suturas e possíveis fraturas ou disjunções. Depois, serra-se a calvaria em sentido horizontal, com o cuidado de não aprofundar-se em demasia, a fim de não lesar os planos mais profundos. Retirada a calvaria, descrevem-se a tonalidade e a consistência da dura-máter e, quando presentes, as coleções hemorrágicas. Corta-se a dura-máter rente ao corte de serra na calvaria, afastam-se para trás os polos frontais, seccionam-se a foice do cérebro, os nervos e os vasos da base do cérebro e a tenda do cerebelo, e, finalmente, dentro do canal vertebral, corta-se a medula, retirando-se todo o bloco, que será colocado na mesa de exame. Descrevem-se o espaço subdural, a transparência da pia-máter e da aracnoide, examinando-se os vasos do círculo arterial do cérebro. Separa-se o cérebro dos outros elementos do encéfalo, abrem-se os ventrículos laterais, descreve-se a tonalidade do liquor, examinam-se os elementos nos núcleos da base. Em seguida, dão-se vários cortes longitudinais nos hemisférios cerebrais pela técnica de Virchow, com o cuidado de anotar todas as lesões, a consistência, o aspecto e a tonalidade da massa cerebral. Corta-se o cerebelo em duas metades na direção dos pedúnculos cerebelares, deixando-se à mostra o centro medular, devendo-se anotar todas as alterações encontradas. Em continuidade, efetuam-se vários cortes na ponte e no bulbo, procurando-se localizar, principalmente nas mortes violentas, a presença de infiltrados hemorrágicos, que devem ser tratados pela água, a fim de se observar seu desaparecimento ou sua permanência. Finalmente, descola-se toda a dura-máter da base do crânio, a fim de examinar detidamente as estruturas ósseas.". Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 1091/1092

Logo, caso não haja fratura craniana, não se pode excluir a ocorrência de traumatismo cranioencefálico.

GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

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Não precisar ser necessariamente fratura

(E)

 “Na cabeça, deverão merecer atenção a cor, a distribuição, a forma e algumas particularidades dos cabelos. Também a presença de deformidades, ferimentos e aspecto do couro cabeludo, dando-se maior destaque e exatidão às lesões violentas encontradas, não apenas relatando-se minuciosamente todas as suas características, como também situando-as precisamente nas regiões anatômicas convencionais. Rebatem-se para diante e para trás os retalhos do couro cabeludo, anotando-se principalmente as infiltrações hemorrágicas da tela subcutânea e da musculatura temporal.

Em seguida, inicia-se a retirada do periósteo da calvaria, desinserindo-se e rebatendo os músculos temporais, assinalando-se, logo após, a situação da face externa do crânio, descrevendo-se as suturas e possíveis fraturas ou disjunções. Depois, serra-se a calvaria em sentido horizontal, com o cuidado de não aprofundar-se em demasia, a fim de não lesar os planos mais profundos. Retirada a calvaria, descrevem-se a tonalidade e a consistência da dura-máter e, quando presentes, as coleções hemorrágicas. Corta-se a dura-máter rente ao corte de serra na calvaria, afastam-se para trás os polos frontais, seccionam-se a foice do cérebro, os nervos e os vasos da base do cérebro e a tenda do cerebelo, e, finalmente, dentro do canal vertebral, corta-se a medula, retirando-se todo o bloco, que será colocado na mesa de exame. Descrevem-se o espaço subdural, a transparência da pia-máter e da aracnoide, examinando-se os vasos do círculo arterial do cérebro. Separa-se o cérebro dos outros elementos do encéfalo, abrem-se os ventrículos laterais, descreve-se a tonalidade do liquor, examinam-se os elementos nos núcleos da base. Em seguida, dão-se vários cortes longitudinais nos hemisférios cerebrais pela técnica de Virchow, com o cuidado de anotar todas as lesões, a consistência, o aspecto e a tonalidade da massa cerebral. Corta-se o cerebelo em duas metades na direção dos pedúnculos cerebelares, deixando-se à mostra o centro medular, devendo-se anotar todas as alterações encontradas. Em continuidade, efetuam-se vários cortes na ponte e no bulbo, procurando-se localizar, principalmente nas mortes violentas, a presença de infiltrados hemorrágicos, que devem ser tratados pela água, a fim de se observar seu desaparecimento ou sua permanência. Finalmente, descola-se toda a dura-máter da base do crânio, a fim de examinar detidamente as estruturas ósseas.". Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 1091/1092

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