No fragmento “(...) a linguagem não verbal é uma ferramenta ...

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Q1140299 Português

                                           Além das palavras

                 Pesquisadores da USP elaboraram uma lista de gestos,

                   posturas e outras pistas visuais que podem auxiliar o

           médico na avaliação dos pacientes e diagnóstico da depressão.


      No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das informações é verbalizada pelos pacientes. Outra tem a ver com o olhar do médico: uma avaliação de gestos, posturas e outros sinais que podem ajudar a compreender o estado de saúde mental em que uma pessoa se encontra. Uma proposta de sistematização desse ‘olho clínico’ foi apresentada por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), que elaboraram um checklist de posturas, gestos e expressões típicos de pacientes com depressão.

      O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos ligados à USP, sob a supervisão da farmacologista Clarice Gorenstein. Em vez de seguirem apenas o protocolo corrente de diagnóstico de depressão, baseado em perguntas e respostas, avaliadores preencheram um formulário detalhado sobre as expressões faciais e corporais dos pacientes durante entrevistas clínicas. As entrevistas também foram filmadas, para análise objetiva do comportamento dos pacientes.

      “Elaboramos uma lista de comportamentos corporais favoráveis ou não ao contato social para analisar os pacientes, além de fazer as perguntas padrão”, relata a pesquisadora e psicóloga Juliana Teixeira Fiquer, que realizou seu pós-doutorado com o estudo. “Sinais como inclinar o corpo para frente na direção do entrevistador, ou encolher os ombros, fazer movimentos afirmativos ou negativos com a cabeça, fazer contato ocular ou não, rir ou chorar são alguns dos 22 comportamentos que selecionamos”, exemplifica.

      Fiquer contou à CH Online que todos os pacientes do grupo com depressão tiveram melhora nos parâmetros sugestivos de contato social. “Os pacientes mostraram, após o período de tratamento, um aumento no contato ocular com o entrevistador, além de sorrir mais e demonstrar avanços em relação a outros comportamentos sugestivos de interesse social”, relata.

      “Queremos criar um método científico que considere aquilo que até então é colocado no território das impressões no diagnóstico da depressão.”

      Para a pesquisadora, o trabalho representa um passo importante na sinalização de que informações emocionais relevantes são transmitidas no contato interpessoal entre clínico e paciente, que até então eram atribuídas exclusivamente à subjetividade do médico na hora de fazer o diagnóstico.

      O psiquiatra e psicanalista Elie Cheniaux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sugere que a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única. “A linguagem não verbal não dá uma visão global do quadro do paciente”, argumenta.

(João Paulo Rossini. Instituto Ciência Hoje – RJ. Em abril de 2016. Com adaptações.)

No fragmento “(...) a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única.” (7º§), o termo “mas” expressa uma ideia de:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: D - Contraste.

A questão busca avaliar a sua capacidade de identificar a função semântica de uma conjunção em um determinado contexto. No fragmento analisado, a conjunção "mas" é utilizada para estabelecer uma relação de contraste entre duas ideias.

Vamos analisar com cuidado:

No trecho: “(...) a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única.”, a conjunção "mas" está contrapondo a afirmação de que a linguagem não verbal é importante para mensurar a tristeza à ideia de que ela não é a única ferramenta para tal fim. Isso caracteriza uma ideia de contraste.

Agora, vejamos o motivo pelo qual as outras alternativas estão incorretas:

A - Intenção: A intenção é expressa geralmente por verbos ou locuções verbais como "querer", "desejar", "pretender". A conjunção "mas" não expressa uma intenção.

B - Hipótese: Hipótese costuma ser introduzida por conjunções como "se", "caso", "desde que". "Mas" não indica uma condição hipotética, mas sim uma oposição.

C - Condição: Condição é indicada por conjunções como "se", "contanto que", "desde que". A ideia de condição não está presente no uso de "mas" neste contexto.

D - Contraste: A conjunção "mas" é utilizada justamente para introduzir uma oposição ou contraste. Por isso, esta é a alternativa correta.

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Comentários

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D adversidade

GABARITO: LETRA D

? Temos a conjunção coordenativa adversativa "mas" dando início a uma ideia adversativa (=valor semântico de contraposição, ressalva, adversidade, contraste em relação à oração anterior).

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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

A questão quer saber o valor semântico da conjunção "mas" em "(...) a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única.". Vejamos:

.

Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

Conjunções subordinativas são as que tornam orações dependentes, isto é, subordinam uma oração à outra. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

.

A Intenção

Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

B Hipótese

Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

C Condição

Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

D Contraste

Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

Gabarito: Letra D

Conjunção coordenativa adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de oposição, contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante...

Oposição, Adversidade, Contraste, Ressalva. São todas ideias que as conjunções adversativas representam

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